O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enviou documento nessa terça-feira (22) ao diplomata da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, reiterando, em nome do Congresso Nacional, o apoio ao cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O ofício foi também assinado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O documento foi uma reivindicação de parlamentares, que, no último dia 16 de julho, se reuniram na presidência do Senado, com o embaixador Ibrahim Alzeben, o  presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o presidente do Senado, Renan Calheiros e do Conselho de Embaixadores Árabes em busca de apoio para o fim ao massacre ao povo palestino. Leia mais aqui.

O presidente do Congresso Nacional defende o fim dos ataques à população civil e a imediata retomada do processo de negociação entre israelenses e palestinos. Renan Calheiros ainda pede o cumprimento das resoluções das Nações Unidas sobre o assunto.

Em 15 dias de conflito na região, as mortes do lado palestino já somam 609 pessoas e de acordo com o organismo das Nações Unidas para a proteção da infância, Unicef, 121 delas eram crianças. No mesmo período, 27 soldados israelenses morreram. “Estamos confiantes de que, seguindo essas etapas, as autoridades envolvidas poderão contribuir para uma solução pacífica e aceitável para os dois povos”, afirma Renan Calheiros no documento.

Para a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), essa é uma luta desigual, fruto de injustiça histórica que ainda espera por reparação. “É um genocídio o que se repete naquela região, com mulheres, crianças, idosos e grávidas. Há um muro que separa aquele território, há uma cerca levantada, e nós não podemos mais admitir, inclusive o descumprimento dos acordos feitos lá atrás. A nossa contundência é contra a política sionista do Estado de Israel, que assassina de forma beligerante, com o apoio dos Estados Unidos, crianças, mulheres, idosas e população civil”, protestou Jandira. “Desde 1948 estão quase em cárcere privado. Sem direito de ir e vir, sem direito a voto, sem acesso à saúde, separados por um muro”.

De Brasília, Tatiana Alves