O presidente chinês, Xi Jinping, veio à Brasília para estreitar as relações diplomáticas entre as duas nações. Na quarta-feira (16), foi recebido no Congresso Nacional, onde defendeu a promoção da multipolaridade, a democratização das relações internacionais e o desenvolvimento sustentável como prioridades mundiais. O encontro aconteceu após Xi Jiping participar da 6ª Cúpula do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, em Fortaleza (CE).

No Parlamento, o presidente da China também defendeu o estreitamento das relações entre os dois países. “Em todos os setores da sociedade chinesa vem crescendo o entusiasmo em adensar a cooperação com o Brasil”, afirmou Xi Jinping na solenidade.

Para o deputado Osmar Júnior (PCdoB/PI), coordenador do grupo parlamentar Brasil-China, um novo marco nas relações institucionais se configura após a visita. Para ele, essa é uma oportunidade para atrair mais investimentos chineses para o país, principalmente em produtos manufaturados.

“A vinda do presidente nos aproxima mais e contribuirá para o aprofundamento das nossas relações. A China é o maior parceiro comercial do Brasil hoje. Nosso objetivo é fazer com que essas relações continuem crescendo no comércio, mas que possam se estender mais, envolvendo cooperação na área de desenvolvimento tecnológico, cultural e uma aproximação maior entre os nossos povos. Além disso, temos grandes expectativas do crescimento do mercado chinês para a importação de produtos industrializados brasileiros”, destacou.

Segundo Osmar, com o crescimento do mercado interno da China, o Brasil espera aumentar a exportação de produtos brasileiros.

Há 40 anos, os dois países restabeleceram as relações diplomáticas – interrompidas em 1949. O primeiro acordo comercial entre os dois países foi fechado em 1978. De lá pra cá já foram mais de 70 acordos firmados. Em 2013, Jinping destacou, o comércio bilateral atingiu a cifra de US$ 90 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões).

O último deles foi aprovado pelo Congresso no último dia 15, um dia antes da visita de Xi Jinping à Brasília. O texto, que segue para sanção presidencial, e aprova acordo firmado por Brasil e China, em 2004, para agilizar os processos de extradição entre os dois países. O acordo permite que os pedidos de prisão preventiva para extradição sejam encaminhados por intermédio da Organização Internacional da Polícia Criminal (Interpol) e, posteriormente, transmitidos por via diplomática. De acordo com o Executivo, a participação da Interpol vai tornar o processo mais rápido.

Para o deputado Osmar Júnior, com o crescimento das relações comerciais, o trânsito de brasileiros na China e de chineses no Brasil aumentará, tornando o acordo recém aprovado no Congresso “importante para que os dois países tenham mecanismos de tratar os fatos ocorridos que necessitem da intervenção da justiça”.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB CD
Christiane Peres