O cartão do Vale-Cultura é um benefício de R$ 50 mensais que as empresas podem conceder aos trabalhadores de carteira assinada para o consumo de bens culturais, como cinema, teatro, circo, museus ou na aquisição de livros ou revistas. Para se beneficiar do programa, os  trabalhadores devem  ganhar até cinco salários-mínimos. O Ministério já emitiu 205 mil cartões do Vale Cultura e quase R$ 2 milhões foram gastos em atrações ou produtos culturais. "Assim como toda política nova, esse processo está acontecendo. Vamos multiplicar esses números", declarou a ministra Marta Suplicy. O potencial do programa pode chegar a injetar R$ 25 bilhões por ano na cadeia produtiva da cultura e atender 42 milhões de trabalhadores, sendo que 36 milhões deles recebem até cinco salários mínimos – público alvo.

A presidente da Comissão de Cultura da Casa, deputada Alice Portugal (BA), afirma que a busca por uma maior adesão passa pela "necessidade de fazer com que o empresariado incorpore nas convenções coletivas esse direito. É um fator de aprofundamento das relações culturais fortíssimo no Brasil".


Para Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), ainda falta conscientização por parte dos empresários para a implantação do Vale Cultura. Segundo ele, no mês de setembro do ano passado, não foi possível colocar o benefício na Convenção Coletiva dos comerciários do estado de São Paulo (SP). “Os empresários ainda não compreenderam o valor efetivo que vai além desses 50 reais. Isso vai para a mudança da estrutura do nosso país. Neste ano, estamos com mais capacidade de mobilização e já elegemos o vale como uma das cláusulas principais que iremos assinar. Tenho certeza que teremos sucesso e serão beneficiados mais de 500 mil trabalhadores que representamos”, ressaltou Ricardo Patah.

A deputada Alice Portugal destacou a Confederação Nacional de Serviço (CNS) foi a única confederação patronal que aceitou o convite para participar do seminário, proposto por ela. Entidades como a Confederação Nacional da Indústria e a Confederação Nacional do Comércio foram convidadas, mas não compareceram.

A parlamentar comemorou o resultado da reunião com plenário lotado. “Ouvindo as centrais sindicais, o Ministério da Cultura, a CNS e os deputados concluímos que é possível fazer do Vale Cultura uma realidade que expanda a difusão cultural em nosso país”, finalizou a presidenta da Comissão.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB CD
Tatiana Alves com informações da Comissão de Cultura