Nas últimas semanas, parlamentares da bancada do PCdoB na Câmara vêm sofrendo ataques em redes sociais como Twitter e Facebook por defenderem a democracia e os direitos humanos. No dia 11 de março, o partido entrou com uma representação contra o SBT e a jornalista Rachel Sheherazade por incitação ao ódio e à violência, no caso do garoto amarrado a um poste por “justiceiros”, no Rio de Janeiro, no início de fevereiro.

Na ação, o partido pede que as verbas publicitárias do governo destinadas à emissora sejam revistas, assim como, o papel de editorialista da referida profissional. (Saiba mais aqui).

O assunto rendeu milhares de comentários no Facebook e boa repercussão na imprensa. A maioria desses comentários apoia a medida adotada pela bancada do PCdoB, pois entende que liberdade de opinião é diferente de incitação ao crime, ao ódio, à violência, como o feito pela jornalista.

“Muitos comentários, porém, têm origem muito agressiva, de baixo nível, fundamentalmente no enfrentamento ideológico, porque sou comunista”, destacou a líder da bancada, deputada Jandira Feghali (RJ), em discurso no Plenário desta quarta-feira (19).

Outro exemplo das agressões nas redes foi a repercussão do assalto sofrido pela deputada Manuela D’Ávila (RS) em março. Além de mensagens de solidariedade, a parlamentar foi alvo ataques pessoais e até ameaça de morte. “Alguns disseram que o assalto se justificava, porque era distribuição de renda; alguns disseram que ela deveria ter morrido, porque ela é defensora dos direitos humanos, e uma grande maioria atacou a deputada Manuela por ser comunista. Por que eu dou esses dois exemplos? Porque hoje, no Brasil, começa-se a ter respiro uma opinião ultrarreacionária, que antes se escondia, disfarçava, ficava na defensiva, porque o país avançou na democracia”, destacou Jandira.

“Quero aqui reagir frontalmente a isso e, prestar, em nome da bancada, como líder, profunda solidariedade à deputada Manuela, e quero dizer que nós vamos enfrentar essa direita reacionária no debate político. Vamos enfrentá-la cerceando a incitação ao crime e ao ódio na TV aberta ou em qualquer meio de comunicação, porque liberdade de expressão não é isso. E vamos enfrentar também tomando as providências devidas, apurando, identificando os IPs (Protocolo de Internet, em português) dos computadores e fazendo processos judiciais e inquéritos policiais”, pontuou a parlamentar.

Para Jandira esses casos são exemplos de uma opinião "neofascista", antes tímida dado o avanço da democracia. "Quem pensa que os comunistas são um erro, que não deveriam existir, que são um problema para a democracia brasileira está errado. O PCdoB é um termômetro da democracia e quando é atacado é ela que está em jogo. Historicamente, no período da ditadura e ao longo da sua existência, o partido foi quem mais registrou vítimas na luta pela liberdade e pela democracia", destacou a deputada que lembrou que essa é uma luta que não cabe apenas ao PCdoB, mas a todos que lutam pela democracia.  

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB CD
Christiane Peres