Em pronunciamento em plenário, Assis lembrou que “o famigerado fator previdenciário” foi criado há 14 anos no Governo FHC com o objetivo de desestimular a aposentadoria, fazendo com que, além da idade e do tempo de contribuição, a expectativa de vida também fosse considerada no cálculo do benefício do aposentado. , fazendo com que as pessoas que se aposentam mais cedo recebam benefícios mais baixos.

Segundo exemplificou, um homem que, com 35 anos de contribuição, com uma média salarial de R$1.000,00, se aposentasse aos 55 anos na semana passada, receberia o benefício de R$716,93. Com a nova expectativa de vida divulgada pelo IBGE, o mesmo homem, ao se aposentar hoje, receberia o benefício de R$705,69, ou seja, R$11,00 a menos, devendo trabalhar mais tempo para recuperar o valor perdido.

“Apesar das melhorias sociais e da evolução na saúde serem uma excelente notícia para o brasileiro, o fato de a população estar melhor também traz prejuízos ao trabalhador”, ponderou, lembrando ser “inaceitável que, após tantos anos de contribuição, ao trabalhador sejam impostas perdas que superam os limites razoáveis no valor dos benefícios pagos na aposentadoria”.

Para Assis, os trabalhadores têm sido vítimas de uma lógica que dissocia o desenvolvimento econômico do social, como se o empobrecimento da população não tivesse efeitos negativos na economia, nem nas contas do Governo.

A seu ver, o fim do fator previdenciário representa imprescindível medida de justiça social. A proposta que prevê o fim do fator previdenciário continua sem definição na Câmara.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Angela Romito