“Meu partido realmente tomou uma posição de obstrução, não porque seja contra a reforma. Defendemos sim uma reforma política urgente e necessária, uma reforma que vá ao coração das deficiências do atual sistema eleitoral. Uma reforma que liberte o voto do poder econômico. Uma reforma que aperfeiçoe e consolide os partidos políticos”, afirmou.

Jô Moraes diz ser inimaginável um país com partidos políticos que são “uma rotatória permanente, como se fôssemos todos birutas de aeroporto”.  Ela reafirmou a posição do PCdoB em defesa de uma reforma política, que consolide os partidos, que liberte o voto do poder econômico e que garanta a democracia representativa, como muito bem dispõe o projeto de iniciativa popular apresentado à Casa.

Constituição – A deputada iniciou seu discurso lembrando os 25 anos da promulgação da Constituição, no próximo dia 5 de outubro.

“Uma Constituição Cidadã, louvada por Ulysses Guimarães, gestada nas ruas, nas passeatas, nas manifestações, nos corredores desta Casa, nas santas invasões, nos santos arrombamentos, em que os ares da democracia abrem esse espaço para o povo”, observou.

Ela também ressaltou que há 25 anos a Constituição foi inovadora e, que apesar de alguns cortes e derrotas em sua estrutura básica durante sua vigência – como a deformação da empresa nacional, o enfraquecimento da soberania e perdas para os trabalhadores -, temos hoje um novo Brasil, com uma consciência cidadã e que  elevou suas demandas.

“Vimos as manifestações de junho, democraticamente espalhadas, sem minimamente atingirem a estrutura da democracia brasileira. O Brasil suportou aquela explosão de gente nas ruas porque sua estrutura democrática, consolidada no último ciclo que se iniciou com o presidente Lula e continuado com a presidente Dilma”, disse.

Ela explicou que, em 1988, o país tinha 138 milhões de brasileiros contra os atuais 201 milhões; tínhamos, naquele período um PIB per capita de 6.600 dólares; temos, hoje, um PIB per capita de mais de 12 mil dólares. Naquele período, em 1988, nós tínhamos uma taxa de analfabetismo de 17%; hoje, temos uma taxa de 8,6%; tínhamos 10 milhões de veículos; hoje, temos 70,5 milhões.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Angela Romito