“Há uma série de demandas que nós consideramos justas e democráticas que devem ser ouvidas por este Congresso Nacional, demandas que estão na nossa pauta”.

Mas o valor das passagens não pode ser esquecida. Os atos contra o aumento das tarifas de ônibus nas capitais brasileiras, particularmente no Rio de Janeiro e São Paulo, acende a luz amarela, lembra Jandira Feghali (RJ), que reforça a marcha de movimentos sociais. As duas capitais, de acordo com a parlamentar, têm um sistema de transporte público que ainda carece de um atendimento de qualidade.

Reivindicações – Dentre as pautas das manifestações, Alice Portugal enumera algumas que tramitam no Congresso e podem auxiliar na melhora do país, dentre elas, a aprovação no Senado pelos 10% do PIB para a educação; garantia da votação do projeto que desonera o setor de transportes no Brasil, entre outros.

Para o deputado João Ananias (CE), é preciso que os parlamentares se debrucem sobre a pauta de reivindicações para discutir e entender a linguagem delas. Perpétua Almeida (AC) complementa: “as vozes das ruas precisam ser ouvidas. Elas ultrapassam mecanismos tradicionais das instituições, partidos, entidades e mídia”.

Alice completa: “queremos fazer uma pauta consonante com a voz das ruas, mas, ao mesmo tempo, consagrando as vitórias adquiridas, porque elas não vieram de graça. Vieram com a luta, inclusive com a vida de muitos brasileiros”. E parabeniza os atos: “Está na matriz original do nosso partido com mais de 90 anos de existência, o mais antigo em exercício político no Brasil”, lembra Alice Portugal.

O deputado Protógenes Queiroz (SP) elogia as manifestações. “Parabenizo às centenas de milhares de brasileiros que tiveram a coragem de protestar nas ruas, e os milhões, que através das redes sociais, se uniram dando voz às suas indignações e seus anseios”.

“A juventude que ganha as ruas merece respeito, na luta que se renova, por um Brasil melhor”, acrescenta Chico Lopes (CE), enfatizando que as diversas bandeiras levantadas pela juventude não devem ser motivo de repressão, e sim chamar a atenção e motivar reflexões por parte de toda a sociedade, quanto à democracia e à busca de melhores condições de vida e mais direitos sociais.

Para a deputada Jô Moraes (MG), que participou de manifestação na Praça 7, em Belo Horizonte, “as ruas não conspiram. Lá há sentimento de revolta espontâneo”.

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, avalia que, de imediato, medidas para enfrentar o urgente problema habitacional – que tem forte impacto nos centros urbanos – já foram deflagrados pela presidenta Dilma Rousseff por meio do programa de grande dimensão, Minha Casa Minha Vida, que vem cumprindo significativo papel no financiamento de moradias populares.

Também através do PAC 2, lembra ele, são muitos os projetos em andamento para solucionar impasses estruturais de mobilidade urbana em grandes centros nas capitais. “Mas vai se impondo como uma questão candente a resposta para a edificação de um sistema e o financiamento dos transportes de massa de qualidade nos centros urbanos, que permita a locomoção dos seus habitantes sem necessitar do uso constante do automóvel”.

“O PCdoB se empenhará – por meio da sua influencia no movimento social e da sua participação e relação com os governos democráticos – na busca emergencial de medidas que encontrem já soluções para reduzir os preços das tarifas dos transportes urbanos e para maior eficácia das redes de transporte coletivo. Neste momento é necessário um esforço conjugado que reúna os governos Federal, estadual e municipal no caminho de encontrar uma saída de como responder a esses sentidos anseios”, afirma Rabelo.

Renato Rabelo afirma, ainda, que “a voz do povo deve ser atentamente escutada e respondida”. Para Rabelo, uma solução de fundo que se impõe, defendida pelo programa do PCdoB, é a concretização de uma reforma urbana, que possa estabelecer um plano integrado para o desenvolvimento, renovação e humanização das cidades.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves