“Amanhã é 1º de maio, amanhã não é Dia do Trabalho, é Dia do Trabalhador, assim ficou definido em homenagem aos operários americanos queimados vivos dentro de uma fábrica quando se manifestavam pela redução da jornada de trabalho de 16 horas para 12 horas diárias”, lembrou.

 

Alice Portugal, que é ex-dirigente do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Ufba e UFRB (Assufba), reafirmou “a necessidade de, nessa quadra, do maior período de democracia que o Brasil vive após a Proclamação da República, nesse período em que os pobres e a maioria dos brasileiros têm alcançado as maiores vitórias da História da República, sedimentarmos alguns direitos que ainda estão por vir”, citando em especial, “a queda do fator previdenciário. Esse fator previdenciário famigerado que aumentou o período de trabalho das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros e punibiliza, em especial, as mulheres”. 

 

A deputada, que é única mulher da bancada baiana na Câmara dos Deputados, continua destacando que as mulheres, neste País, são punibilizadas pelo fator previdenciário, “um cálculo draconiano que nos induz a trabalhar mais ganhando menos na aposentadoria”. Alice também apontou que “é necessário tratar da igualdade salarial entre homens e mulheres que está defasado em 37%”.

 

A parlamentar enfatizou ainda que para os servidores públicos uma série de direitos já foram defenestrados. E alertou que neste momento, avizinha-se do Plenário desta Casa a votação de “uma reforma de Estado mascarada em um projeto que regulamenta as fundações estatais de direitos privados, uma anomalia jurídica para substituir a ação do servidor público, induzindo-o à perda de direitos e à insegurança jurídica”.

 

Ao final a deputada fez uma saudação aos trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras. “Viva a CTB! Viva o 1º de Maio”, sendo aplaudida pelos presentes nas galerias do Plenário da Casa.