Renato Rabelo explicou que o texto sem a manutenção da coligação proporcional terá dificuldade para ser aprovado na Câmara. “Essa é a nossa dúvida. Que apenas seja aprovado o fim das coligações proporcionais como uma espécie de jogada para não se efetivar uma reforma mais ampla”, disse.

A líder Manuela D’Ávila (RS) ressaltou que o esforço do partido “é para que seja votada uma reforma política por inteiro e que não atenda apenas aos interesses dos grandes partidos”.  Segundo ela, o receio é o de que, “como sempre, os grandes partidos se unam e tomem medidas antidemocráticas, como foi no ano em que a cláusula de barreira foi aprovada a pretexto de se fazer uma reforma política”.

O PCdoB defende uma reforma ampla. O dois grandes pontos de convergência do projeto são o financiamento exclusivamente público da campanha eleitoral e acoincidência de mandatos nos níveis municipal, estadual e federal.

A bancada comunista é contra uma reforma parcial e defende as coligações proporcionais, que podem ser desfeitas após a eleição, diferentemente do sistema de federações proposto; o financiamento de campanha exclusivamente público, o que tornará a disputa mais igual entre os partidos e candidatos, e possibilitaria um maior controle por parte da justiça eleitoral e da Receita; e a lista pré–ordenada, que permite a sintonia do eleitor com os programas partidários.

Henrique Eduardo Alves disse que se esforçará para que a reforma seja apreciada e votada em conjunto, sobretudo a validação proporcional, que seria votado ao final para que não fosse o único motivo a justificar a votação.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves