“O Distrito Federal tem atuação muito ousada chegando a atingir áreas que são difíceis de serem atingidas, como o exemplo da área militar. A experiência deve ser divulgada para tê-la como referência para outros estados”, sugere a deputada.

A secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancio, expôs na audiência que existe uma integração que vai além das secretarias, órgãos referentes ao Poder Executivo, e que acontece também com os demais poderes constituídos no DF.

“A complexidade da violência contra a mulher precisa de um conjunto de ações em articulação com outros órgãos, outras entidades da sociedade para que de fato a gente possa responder as demandas”, disse Olgamir.

Ela define como desafio extrapolar a ideia de governo para que a política para a mulher se concretize como uma política de Estado. A secretaria fez articulações contundentes com todos os órgãos do DF.

Olgamir relatou, ainda, que há um esforço de tratar o tema gênero no Corpo de Bombeiros, na Polícia Militar e na Polícia Civil. O Corpo de  Bombeiros do DF criou o primeiro conselho de mulher militar do Brasil.

A audiência pública desta quarta-feira encerra um ciclo de três dias de diligências que a CPMI fez no Distrito Federal e em cidades de Goiás que são próximas à capital do Brasil.

A relatora, senadora Ana Rita (PT-ES), disse que, após conhecer uma delegacia especial de atendimento às mulheres e um juizado de atendimento às vítimas de violência, ficou demonstrado que o Distrito Federal já tem uma estrutura boa de proteção às mulheres, mas pode melhorar.

DF ocupa o 7º lugar entre os estados do país em assassinatos de mulheres, segundo dados do Mapa da Violência, elaborado pelo Instituto Sangari (Ministério da Justiça). A taxa de homicídios no DF é de 5,8 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional de 4,4 por grupo de 100 mil mulheres.

Em Brasília, a taxa de homicídios é de 1,7. A cidade ocupa a 27ª colocação entre as capitais. No Entorno, a cidade de Formosa, em Goiás, aparece como a mais violenta para as mulheres com taxa de 14,4 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Logo depois aparecem Valparaíso de Goiás (10,2) e Águas Lindas de Goiás (8,8).

“O  DF tem apresentado elevados níveis de ocorrência, mas não temos dúvidas de que isso ocorre porque as mulheres estão denunciando mais. A gente tem fortalecido essa política, estamos divulgando mais os direitos das mulheres e fortalecendo os nossos equipamentos”, detalha a secretária Olgamir.

Em novembro, a comissão vai promover diligências no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e no Amazonas.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves