Torquato participou do debate sobre o acesso à reprodução assistida de casais com problema de infertilidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), requerido pelos deputados do PCdoB Chico Lopes (CE), João Ananias (CE), Jô Moraes (MG) e Luciana Santos (PE).

Os deputados, que solicitaram o debate, defendem que o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça a reprodução assistida, além do diagnóstico.

De acordo com Sebastião Torquato, a Organização Mundial de Saúde caracteriza a infertilidade como doença. “Isto é um indicador da necessidade do estado contemplar esses 12 milhões de casais brasileiros que não tem nenhuma assistência no SUS”.

João Ananias (CE), que também é médico, afirma que se o Estado garante a laqueadura, a vasectomia e métodos contraceptivos deve garantir também a reprodução assistida. Para Chico Lopes (CE), a reprodução assistida não inviabiliza a adoção, que são assuntos distintos.

Ananias observou, ainda, que, no Brasil,  cresceu o número de casais em busca de tratamento para infertilidade e que a medicina avançou muito nessa área. “Há  várias técnicas que possibilitam a fecundação. O problema é que muitos casais não têm condições de bancar o tratamento, pois não é oferecido pelo SUS”, ressaltou.

O especialista em Regulação de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Jorge Luis da Cunha Carvalho, afirma que o alto custo é uma das dificuldades para obrigar os planos de saúde a oferecerem cobertura para tratamento de reprodução assistida.

“Cada inseminação artificial custa cerca de R $ 2 mil, e, a fertilização in vitro, pode sair por cerca de R$ 10 mil. O problema é que, muitas vezes, esses procedimentos precisam ser repetidos várias vezes”, disse.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves