Perpétua está em Timor Leste com a deputada Janete Pietá (PT-SP) – representante brasileira na Comissão de Países de Língua Portuguesa – para acompanhar no sábado (7) as eleições legislativas. Na sexta-feira (6), elas foram recebidas pelo presidente da Comissão Nacional das Eleições, Faustino Cardoso, que ocupa cargo equivalente ao de presidente do TSE no Brasil.

Ao se encontrar com o ministro Zacarias da Costa, de Negócios Estrangeiros do Timor Leste, cargo semelhante ao do chanceler brasileiro para Relações Exteriores, Perpétua Almeida pediu que o ministro apoie o pleito do Brasil à frente do  Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que tem como  diretor executivo o brasileiro Gilvan Muller. 

A reunião da CPLP (Comissão dos Países da Língua Portuguesa) que tomará essa decisão acontecerá no próximo dia 19, em Maputo, capital de Moçambique, com a presença dos ministros das Relações Exteriores no primeiro momento e, num segundo momento, com os chefes de Estado dos países membros.

O embaixador do Brasil no Timor Leste, Edson Monteiro, disse à deputada que o Itamaraty irá ofertar ao governo timorense mais uma vaga para formação de diplomata. A formação é de responsabilidade do Instituto Rio Branco. A instituição já capacitou quatro diplomatas que, atualmente, representam o Timor em nações distintas.

Eleições – Às vésperas da votação, as deputadas conheceram toda a logística das eleições legislativas do Timor Leste na sexta-feira (6). Chuvas intensas e estiagem castigam os dois extremos do país, o apoio terrestre é muito ruim e a comunicação é precária, relataram as parlamentares, únicas brasileiras com mandato federal entre os 600 observadores internacionais.

Elas conheceram os locais de votação e acompanharam a preocupação das autoridades e suas medidas com possíveis contratempos. Há investigação em curso para apurar evidências de rasura de cédulas eleitorais.

Faustino Cardoso, como é praxe, decretou nas 48 horas antes do pleito o "tempo de silêncio", em que a campanha fica proibida. "Há um esforço para que as eleições transcorram sem maiores problemas", informou Pietá. "E nós colaboramos para que a democracia reine aqui também", concluiu.

"Os timorenses estão em grande expectativa, pois sabem que neste momento a comunidade internacional se volta para eles que são o mais jovem país do mundo. Brasil e ONU, têm se esforçado para reerguê-lo após 10 anos de conquistada a sua independência", lembrou a deputada Perpétua Almeida,

De um total de 1,2 milhão de habitantes, 640 mil cidadãos estão aptos a votar. Porém, estima-se que 400 mil deles compareçam à urna. A eleição ocorre em lista fechada em que apenas é possível assinalar o partido e a cada três nomes da lista uma é mulher.

No Timor Leste o sistema de governo é parlamentarista e 18 partidos disputam o direito de, ao conquistar a maioria de votos, ser convidado pelo presidente a compor o governo e indicar o primeiro-ministro, que é quem, de fato, governa.

Missão de paz – O país decidiu encerrar já no final deste ano a missão de paz, sob a responsabilidade da ONU, por considerar que já estar preparado para caminhar com as próprias pernas. O ministro Zacarias da Costa reconheceu que,”mesmo com altos e baixos pós-independência, o povo timorense tem muita garra e determinação para vencer”.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Com informações da Assessoria da Deputada