Em seguida, a recepção foi do presidente da República Democrática do Timor, Taur Matan Ruak, empossado no cargo no dia 20 de maio. “Espero que todos os partidos aceitem o resultado (das eleições). Precisamos caminhar para a composição de um governo ainda mais pacífico”, disse o presidente timorense.

As duas deputadas estão no Timor Leste como observadoras internacionais das eleições parlamentares naquele país. Perpétua Almeida, indicada pela Presidência da Câmara dos Deputados, também representa o Parlamento Brasileiro nas celebrações pelos dez anos da independência daquele país.

O Timor Leste é um dos mais jovens e pobres países do mundo. Resguarda o orgulho de ter restabelecido a paz depois de décadas de conflitos, embora ainda tenha que provar que pode garantir seu desenvolvimento e sair da pobreza endêmica.
Lá, cerca de 70% da população dependem dos programas oficiais que incentivam o artesanato, pequenos negócios e educação. As parlamentares informaram que há enorme interesse dos timorenses em implantar, com a ajuda brasileira, o sistema de votação eletrônica a partir de 2014.
A presidenta da CREDN intermediará a troca de informações entre as autoridades timorenses e a Justiça Eleitoral do Brasil. Há 3 mil observadores, dos quais 600 estrangeiros, para as eleições que ocorrerão neste fim de semana.
O Timor Leste teve um terço de sua população dizimada ao ser invadido pela Indonésia três dias depois de decretar a sua independência, num dos episódios mais tristes e cruéis do Século XX narrado no documentário “O Massacre que o Mundo não Viu”, protagonizado pela atriz Lucélia Santos.

Hoje, do total de 1,2 milhão de  habitantes, apenas 400 mil estão aptos a votar. Apesar do voto ser em lista fechada, um em cada três nomes é de mulher.

O Brasil está presente no auxílio à reconstrução do país, por intermédio do Serviço Nacional de Apoio à Indústria, que treinou mais de 2 mil pessoas nos últimos anos.

“O país é pequeno, menor que o estado de Sergipe. Tudo muito simples e pobre.  Muito do que se tem foi construído com o esforço e ajuda estrangeiros. Nos impressiona o sentimento de resistência, luta, heroísmo, orgulho deles pela independência. Estou levando a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados a esses lugares que precisam de nós e que necessitamos conhecer melhor”, disse Perpétua.

“Tenho a mesma sensação de quando fui ao Haiti. As autoridades têm sempre uma expectativa muito grande com a contribuição e a solidariedade que o Brasil pode dar. Muito me emocionou saber, já no aeroporto, que o presidente do país nos aguardava para audiência. Isso nos dá noção de nossa responsabilidade aqui como representantes do Parlamento brasileiro, já que fomos a única delegação a ser recebida pelo presidente, mesmo com a presença da delegação de outros países", narrou a deputada Janete Pietá.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Assem Neto, da Assessoria da Deputada