O documento demonstra preocupação do parlamento brasileiro “com a persistente estagnação do processo de paz entre israelenses e os palestinos”.

A deputada Perpétua Almeida (AC), presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, destacou a importância da iniciativa. “Hoje estamos falando a linguagem da paz. Esse momento é simbólico para o Congresso. Conseguimos reunir representantes do povo palestino e israelense para defender a paz”.

A audiência pública, requerida pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), homenageou a iniciativa de Genebra, considerada um modelo de acordo de paz entre israelenses e palestinos para a criação do Estado Palestino.

O evento contou com a participação dos dois principais líderes do modelo de paz, o ex-ministro da justiça de Israel, Yossi Beilin, e o ex-ministro da Cultura da Autoridade Palestina, Yasser Abbed Rabbo. E ainda com a presença dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP) e dos deputados federais Hugo Napoleão ( PSD-PI) e Eduardo Azeredo ( PSDB- MG).

Íntegra da moção
“O Congresso Brasileiro, através de suas comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara, profundamente preocupado com a persistente estagnação do processo de paz entre Israel e os palestinos, peça chave para uma futura evolução pacífica em toda a região, e apoiando as soluções propostas pelo Acordo de Genebra, de 2003, apela ao governo de Israel e às forças políticas palestinas:

“1 – O governo de Israel deve cessar imediatamente a expansão de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém leste, desmantelar as ocupações de terra ilegais e garantir a segurança e a integridade do povo palestino, de suas propriedades e de seu meio ambiente;

“2 – O governo de Israel deve libertar o dirigente do Fatah Marwan Barghuti como um gesto de boa vontade e de construção de confiança;

“3 – Todas as forças políticas palestinas devem manter sua resistência à ocupação restrita a formas de luta não-violentas e afirmar inequivocamente a disposição de aceitar a existência de Israel no contexto de acordo definitivo bem como admitir as disposições necessárias à segurança de sua população contra qualquer tipo de ameaça;

“4 – Ambos os lados devem reabrir negociações para uma solução definitiva e proceder a medidas de restabelecimento da confiança e um eventual arranjo provisório de natureza a mudar a dinâmica da atual situação de frustrante e perigosa estagnação.”

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Com informações da Assessoria da CRDN