Os dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), apresentados nesta terça-feira (20) na CMPI, mostram o crescimento dos casos de violência contra as mulheres.  Por dia são registrados 1.828 ligações no Ligue 180, a central de atendimento (ligação gratuita) à mulher.

Ainda de acordo com os números do Mapa da Violência, das 89% mulheres vítimas, 59% não dependem do dinheiro do homem. Deste valor, 61% são violências físicas, 23% psicológicas, 10% moral, 1,73% sexual e 0,05 vivem em cárcere privado.

Outra informação alarmante é que 40,59% destas mulheres sofreram violência de seus parceiros com quem estão há dez anos ou mais; 19,39% têm entre cinco e dez de relacionamento; e 4,15% são violentadas com até seis meses de relacionamento. De acordo com Aparecida Gonçalves, a violência começa ainda no namoro.

A secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Aparecida Gonçalves, aponta que os problemas para o avanço da implementação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres estão no pequeno número de organismos de políticas para as mulheres em estados e municípios. Segundo ela, situação agravada pela estrutura deficitária e na inadimplência dos governos estaduais para captação dos recursos do pacto.

A deputada Jô Moraes (MG), presidente da Comissão, avalia que a reunião desta terça-feira deu uma dimensão da real situação da mulher no Brasil. “Estamos tratando de uma epidemia social. O diagnóstico assusta não só pelo número, mas também pela elevação da crueldade”, afirma.

Na 5ª reunião da Comissão foi aprovado o cronograma de reuniões no Congresso Nacional e as atividades nos Estados. A primeira audiência externa está marcada para o próximo dia 3 de abril, em uma cidade goiana ainda a ser definida, mas no entorno do Distrito Federal.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves