O deputado Assis Melo (RS), em nome da líder Luciana Santos (PE), do PCdoB e do Bloco Parlamentar (PTB/PSB/PCdoB), saudou a todas as mulheres brasileiras pelo Dia Internacional da Mulher, data marcada pela luta pela emancipação feminina e pela igualdade de gênero.

Ele lembrou que a comemoração do Dia Internacional da Mulher remonta à luta das trabalhadoras têxteis de Nova Iorque, que, em 8 de março de 1875, foram brutalmente repreendidas por deflagrarem greve por melhores condições de trabalho e por redução da jornada de trabalho. “Infelizmente, o desfecho dessa manifestação popular foi perverso: 130 tecelãs morreram carbonizadas, após serem trancadas na fábrica e esta incendiada pelo patronato”.

Como líder sindical, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região e integrante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil — CTB, Assis Melo aproveitou a oportunidade para trazer alguns elementos da luta emancipacionista, com a apresentação de informações importantes de dados extraídos de pesquisas.

Antes de trazer os dados do mercado de trabalho, ele lembrou um dado importante. Atualmente, a mulher compõe a maior parcela da sociedade brasileira, 51%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE.

Isso significa que existe no país, 4 milhões a mais de mulheres do que homens.

Embora as mulheres constituam majoritariamente os habitantes de nosso país, dados do IBGE divulgados em 2010 apontam que elas são minoria entre a população economicamente ativa: no ano anterior à publicação da pesquisa, cerca de 11 milhões de mulheres estavam fora do mercado de trabalho.

O percentual divulgado pelo IBGE aponta maior informalidade das mulheres no mercado de trabalho. Enquanto 35,5% da população feminina tinha carteira assinada, os homens possuíam 43,9%. As mulheres empregadas sem carteira e trabalhando por conta própria correspondiam a 30,9%. Entre os homens, este percentual era de 40%.

A pesquisa apontou algumas áreas da atividade econômica e a inserção da mulher nelas. Na indústria, construção, comércio e serviços, elas eram minoria. Por outro lado, as mulheres ocupam majoritariamente funções na administração pública e nos serviços domésticos.

Ele ressaltou a disparidade entre os salários das mulheres e dos homens no exercício da mesma função. Segundo informações atualizadas do Ministério do Planejamento, as mulheres recebem 11% menos do que os homens no serviço público. Na iniciativa privada, essa situação é ainda pior: 30%.

Somente na área da educação as mulheres estão em vantagem, se comparada aos homens. Em 2009, 61,2% das trabalhadoras tinham 11 anos ou mais de estudo, o que significa pelo menos o ensino médio completo, contra os 53,2% da população masculina.

Com essas informações, disse ele, pode-se afirmar que a mulher conseguiu se inserir no mercado de trabalho, mas ainda precisa trilhar um grande caminho para garantir seus direitos. Para mudar esta realidade é preciso muita luta e organização, mas principalmente políticas públicas que visem a alterar a realidade.

“Para a construção de um país igualitário para todos, sem distinção de gênero, raça e etnia, defendo a ampliação da mulher no mercado de trabalho; remuneração igual para a população feminina e masculina; ocupação de cargos de direção pelas mulheres; empoderamento dos espaços de poder pelas mulheres; entre outras questões que visam a diminuir as diferenças econômicas e sociais entre homens e mulheres”, afirmou Assis Melo.

Assessoria de Comunicação
Liderança da PCdoB/CD