”Esta é a maior delegação brasileira que participa dos jogos no exterior. Pela primeira vez, 40% dos atletas que integram esta delegação, que é a maior, estão sendo treinados e formados com base no Programa Bolsa Atleta, que foi aprovado por lei nesta Casa e executado pelo Ministério do Esporte, sob o comando do ministro Orlando Silva, e o Brasil sob o comando da Presidenta Dilma”, ressaltou.

Para o deputado, a celebração do desempenho do Brasil é a resposta que se dá às denúncias veiculadas pela revista Veja, no último fim de semana, com repercussão em toda a mídia.  “A denúncia inicial afirmava categoricamente que o ministro do Esporte teria recebido dinheiro oriundo de desvio de verba federal. Dizia também que haveria um esquema de desvio de dinheiro, esquema esse que o próprio ministro teria informado ao denunciante, de nome João”, disse, lembrando não ter sido apresentada qualquer prova.

Apesar das denúncias, observou Osmar Júnior, o ministro assumiu postura de esclarecer à população, não se furtando a conceder entrevistas e a comparecer ao Congresso para explicar a aos parlamentares os procedimentos do ministério para recuperar dinheiro público desviado pelo denunciante em convênios do Programa Segundo Tempo.


O líder ressaltou ainda o pedido feito pelo ministro para que a Polícia Federal imediatamente apurasse as denúncias e solicitou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel,  que fosse instaurado o processo de investigação, para que tudo aquilo que foi afirmado naquela matéria pudesse ser esclarecido.

 

“Ocorre que neste momento se faz uma forte e dura campanha contra o ministro e contra o meu partido, o PCdoB. Mas quando se observam as matérias, por exemplo, que circulam hoje, todas elas se referem às acusações feitas ao Ministério do Esporte, mas no final dizem que não há apresentação de nenhuma prova”, ressaltou o líder.

E questionou: “Agora, por que nós temos este ambiente? Por que neste momento um ministro de Estado é submetido a esses ataques?  Por que está sendo dado espaço a acusações de pessoas que estão devendo, elas, sim, ao País, porque firmaram convênios, porque receberam dinheiro público, porque não prestaram contas e, por isso mesmo, hoje a Justiça já está a exigir que seja devolvido esse dinheiro”.


Em seguida, ele registrou o apoio da presidente Dilma ao ministro e afirmou que o PCdoB quer esclarecer todas essas denúncias.  “Também a presidente Dilma quer esclarecimento, porque quer seu governo limpo e trabalha por isso, a quem manifestamos todo o apoio”, disse.

 

Segundo Osmar Júnior,  o PCdoB, que tem 90 anos de história, que enfrentou as mais importantes batalhas da vida política brasileira, “não vai aceitar ser jogado na vala comum” , sendo acusado por uma pessoa cuja entidade desviou dinheiro público.

“Queremos dizer que nós, do PCdoB, não temos nenhuma preocupação com o que ele venha a falar, mas estranhamos o fato de ser aprovado, numa Comissão desta Casa, um convite para a vinda de um cidadão que não tem responsabilidade pública, um cidadão que está denunciado na Justiça por desvios de recursos públicos, um cidadão que não tem nenhum elemento que justifique a sua presença nessa Comissão. Mais do que isso nos causa estranheza o fato de que, tendo a Polícia Federal instaurado o inquérito e tendo o denunciante sido convocado para prestar esclarecimentos naquela Polícia, ele lá não tenha ido, alegando doença. Mas como, se logo em seguida, estava aqui nesta Casa para reunir-se a portas fechadas com deputados de oposição? Por que é que ele não foi à Polícia prestar os esclarecimentos e levar suas provas?
É estranho também para nós ouvir a notícia de que ele não foi à Polícia Federal  e de que ele não se dispôs a vir aqui amanhã, em atendimento ao convite da Comissão de Fiscalização, porque ele tem um contrato de exclusividade acerca do que ele chama de provas com uma revista de circulação nacional em nosso país. Essa é uma questão que  não podemos aceitar”,  indignou-se.

Osmar Júnior também agradeceu o apoio  que seu partido tem recebido, tanto de cidadãos como de parceiros políticos e de aposionistas “que reconhecem o trabalho do ministro Orlando Silva, um trabalho coerente, correto, que reconhecem na atuação do PCdoB, mesmo em momentos de divergências, a atuação de um partido que quer, que acredita na construção de um país melhor”.