O Cultura Viva engloba diversos projetos como os Pontos de Cultura (que articula trabalhos culturais locais); os Pontos de Mídia Livre (que desenvolve novas mídias e ferramentas de comunicação compartilhadas e colaborativas); a Ação Griô (que valoriza a tradição oral) e o Cultura Digital (que desenvolve plataformas de produção e difusão cultural em ambientes da internet e suportes audiovisuais). Pela proposta, são considerados beneficiários do Programa os estudantes e jovens de todos os segmentos sociais; as comunidades tradicionais indígenas, rurais e quilombolas e agentes culturais, artistas, professores e todos aqueles que desenvolvam ações de arte, cultura e educação; de todos os saberes e fazeres.

O historiador Célio Turino, idealizador do Programa Nacional Cultura Viva, criado em 2005 durante o governo Lula, foi um dos participantes da audiência. Segundo ele, 33 mil postos de trabalho são gerados apenas pelos Pontos de Cultura (um dos projetos que compõem o Cultura Viva). Para ele, a institucionalização do programa vem em boa hora e possibilitará que todas as conquistas alcançadas não se percam com mudanças de governos.

A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura também defendeu a aprovação da proposta. Geo Britto, que representou a comissão nacional, afirmou ser prioritário a transformação do Cultura Viva em programa permanente do Ministério da Cultura (MinC), posto que o Programa reconhece  e estimula as manifestações da arte popular e ainda gera empregos.

Ao final, a deputada Jandira Feghali anunciou, que vai propor a criação de um grupo de trabalho, na Frente Parlamentar Mista da Cultura, coordenada por ela, para mediar conflitos dos beneficiários do programa com o MinC. A parlamentar também informou que a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT/RN), indicará, nos próximos dias, o relator do projeto na comissão, notícia festejada pelos participantes.