Muito embora o tema da audiência tenha sido Qualidade na Educação, a maioria dos debatedores – Undime, CNTE, Consed, Todos pela Educação e Campanha Nacional da Educação – defenderam a destinação de 10% do Produto Interno Bruto – PIB para custeio das metas do novo PNE.  Segundo eles, o aumento dos recursos para área é fundamental para se alcançar a qualidade na educação.

O relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT/PR) em entrevista ao boletim da Liderança do PT destacou que “para melhorarmos a qualidade da educação em todas as suas etapas, é imprescindível ter recursos à altura”. O relator ainda defende que somente depois da realização de um grande debate com a sociedade brasileira e concluído o diagnóstico a respeito das demandas que o país precisa para os próximos dez anos é que se poderá definir o percentual de investimento: 7% ou 10% do PIB.

Para Vanhoni também é fundamental que o PNE vislumbre a construção da valorização do professor, pois ele, no seu entender, é o centro nervoso do processo educacional que será construído.

A deputada Alice Portugal em sua fala defendeu que o grande problema da proposição é sem dúvida o financiamento. A parlamentar ressaltou que “a conquista de 10% do PIB encontrará alguma resistência em setores da equipe econômica, que mantem tensionado o cabo de guerra em função da formação do superávit primário”. Alice, no entanto, destacou que “só com uma unidade grande da área educacional será possível quebrar essa barreira. Este é o nosso desafio”.

Para Chico Lopes a necessidade de valorizar o magistério também é imprescindível para se alcançar a qualidade em educação. Tanto Alice Portugal, como Chico Lopes, destacaram que além da defesa do aumento do percentual do PIB para educação (10%), será necessário também, defender a aplicação dos  50% dos recursos do Pré-Sal para Educação, bandeira das entidades estudantis – UNE e UBES.