Nesta quinta-feira (27), o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) usou as redes sociais para alfinetar o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, sobre as últimas decisões do Tribunal Regional Federal, que absolveu o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira.

“Foi preso em 2016, pagou fiança vendendo bens e agora é reconhecida a inexistência de provas. E aí, Sergio Moro, quem vai pagar por isso?, questionou o deputado, atual vice-líder de seu partido.

Por unanimidade, os juízes federais que julgaram o caso na quarta-feira (26) consideraram que não havia provas suficientes para condenar Paulo Ferreira. Ele chegou a ficar preso entre junho de 2016 e fevereiro de 2017, alvo de uma das fases da Lava Jato, comandada por Moro.

Na época, Sergio Moro estipulou fiança de R$ 1 milhão para que o ex-tesoureiro deixasse a cadeia. A pedido da defesa, que alegou incapacidade financeira, o valor foi depois diminuído para R$ 200 mil pela juíza substituta no Paraná, Gabriela Hardt. Para pagar a quantia, Ferreira vendeu um consórcio e dois carros.

Moro atuou como juiz federal em Curitiba e esteve por 12 anos na magistratura, antes de integrar o governo Bolsonaro. Ele teve uma atuação reconhecida internacionalmente na Lava Jato, sendo responsável por determinar a prisão de políticos e empresários acusados de corrupção.

No entanto, foi acusado de violar o devido processo legal ao colaborar com o Ministério Público durante os processos e enfrenta ações no Supremo Tribunal Federal (STF) que questionam sua imparcialidade durante a condução das ações penais. Moro deixou o cargo de juiz para ser ministro da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e saiu em meio a polêmicas ao acusar o chefe do Executivo de tentar interferir na Polícia Federal.

*Ascom deputado Márcio Jerry