Sete de abril marca o Dia Mundial da Saúde. Pouco mais de um ano após o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, em 2021, a data reforça a luta pela ampla vacinação da população contra o vírus que já vitimou mais de 330 mil pessoas no país.

Deputados do PCdoB registraram a data com mensagens em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e do impeachment de Jair Bolsonaro, além do repúdio ao avanço do Projeto de Lei (PL) 948/21, que permite às empresas privadas a compra e aplicação de vacinas contra a Covid-19 em detrimento da destinação exclusiva ao SUS.

“Hoje é dia de reafirmar a luta em defesa do SUS, da vacina para todos e dos profissionais de saúde. O nosso país vive a maior crise hospitalar e sanitária da história e o SUS tem jogado um papel fundamental e salvado milhões de vidas.

Apesar dos constantes ataques de Bolsonaro, o SUS resiste todos os dias, garantindo o direito à saúde para todos. Nossa homenagem aos profissionais da área, guerreiros incansáveis nesta pandemia”, afirmou a deputada Alice Portugal (BA), em sua conta no Twitter.

O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), também reiterou a luta em defesa saúde pública e condenou a segregação no acesso às vacinas contra a Covid.

“No Dia Mundial da Saúde, reforço nossa luta em defesa do SUS. Como se não bastassem todos os absurdos cometidos até aqui, Bolsonaro incentiva o "fura-fila", com a conivência do Parlamento brasileiro, para construir privilégios para aqueles que podem comprar. Repudiamos esse ato! O Brasil vive um grande drama e não podemos continuar errando no enfrentamento à Covid. Nenhum país que tratou o assunto com seriedade abriu para compra da iniciativa privada. Essa é a confissão da falta de compaixão e percepção da gravidade do problema que está instaurado no país”, destacou o parlamentar.

O PL 948, que teve o voto contrário da bancada do PCdoB, permite que empresas comprem vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) bem como aprovadas pelas autoridades sanitárias estrangeiras reconhecidas e certificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ou seja, o setor privado poderá adquirir doses que ainda não tiveram autorização de uso definitivo ou emergencial no país.

A proposta foi duramente criticada pelo PCdoB. Para o líder da legenda, deputado Renildo Calheiros (PE), o projeto vai estabelecer um mercado paralelo, causando prejuízo às pessoas que têm prioridade para serem vacinadas. “Se abrirmos agora para que as empresas comprem vacina, elas irão de maneira agressiva ao mercado, e o setor público será desabastecido”, disse.

Além das críticas ao texto em votação na Câmara, a vice-líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), reafirmou que só o impeachment de Bolsonaro “pode nos salvar desta desgraça”. A deputada também celebrou o SUS, cobrou “vacina para o povo, trabalhadores amparados e medidas concretas de contenção da crise sanitária”.