A vice-governadora eleita de Pernambuco relata que a matéria de capa da Folha de São Paulo indica que Bolsonaro está cometendo “crime eleitoral” por estar fazendo uso de caixa 2 através de empresas que financiam o impulsionamento de mentiras e fake news no whats.

“Para além da questão moral, que por si só já seria um absurdo, essa é uma prática ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresa e isso é vedado pela legislação eleitoral. Aqui pode se esconder um segundo crime, também grave, que é o uso ilegal de banco de dados. Muitas pessoas receberam mensagens absurdas da campanha de Jair Bolsonaro sem nunca ter cedido seus contatos para nenhuma campanha. Como esses dados foram capturados?”, afirma a parlamentar.

Luciana Santos avalia que o candidato se diz honesto, mas mais uma vez está revelando que é uma “farsa”. “Bolsonaro está usando de meios ilegais para chegar até as pessoas com mensagens caluniosas, que despolitizam a disputa eleitoral e induzem o povo brasileiro ao ódio e à ignorância. Pelo apurado pela Folha, pelo menos R$ 12 milhões foram investidos nesse crime. O que está por trás disso? Quem investe tanto dinheiro para confundir as pessoas e mascarar a falta de projetos e de propostas de uma candidatura?”, destaca a presidenta do PCdoB.

O PCdoB, junto com outros partidos da Frente pela Democracia, está pedindo audiência com a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que investigue o uso de caixa 2 na campanha e para que puna devidamente esse crime eleitoral. “Nós vamos, mais que nunca, fazer o bom combate nas redes e nas ruas; debater ideias e propostas para o Brasil e refutar toda e qualquer mentira e armação que os inimigos da Nação tentem lançar contra nós”, diz Luciana.

Conforme a deputada, é preciso denunciar esse crime: “Temos de fazer com que cada cidadão brasileiro, vítima do golpe da fake News, seja conscientizado e tenha a oportunidade de saber que está sendo usado, da forma mais vil, para prejudicar nosso país e tudo que construímos até hoje em termos de democracia e de direitos para nossa gente”.