‘Bolsonaro é o pai da fome!’, dizem deputados sobre inflação dos alimentos
Os itens que compõem a cesta básica continuam subindo no país e as despesas com alimentação pesam cada vez mais para os mais pobres.
Segundo o indicador de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre os 13 itens da cesta básica, 12 tiveram alta nos últimos 12 meses. Para deputados do PCdoB, a situação é preocupante pois são produtos essenciais às camadas mais pobres da população.
O líder do partido na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), lamenta que os índices divulgados na terça-feira (9) mostram que o recuo da inflação veio nos preços administrados, mas houve mais uma aceleração dos preços de alimentos.
“O IBGE divulgou dados da inflação de julho. A redução dos combustíveis e da energia gerou um recuo. No entanto, os alimentos continuaram subindo. Isso, num país onde 125 milhões de brasileiros que não têm comida garantida todo dia e 33 milhões passam fome. É cruel, desumano. Bolsonaro é o pai da FOME!”, afirmou o parlamentar.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também chamou Jair Bolsonaro de “pai da fome” por conta da inflação sobre os alimentos, cujos preços subiram, apenas em julho, 1,74%.
“A inflação nos últimos 12 meses segue superior a 10% e alimentos e bebidas subiram mais de 1%. Para os pobres só piora. Bolsonaro é o pai da fome!”, publicou o parlamentar.
Em postagem no Twitter, o deputado listou aumentos que impactaram alguns itens essenciais: “Botijão de gás: subiu 21,36%; Leite: subiu 25%; Diesel: subiu 61,98%”.
“A inflação de Bolsonaro diminuiu para quem anda de carro, mas continua explodindo para quem tem fome. Como pode ter inflação negativa, mas encarecer 1% os alimentos?”, questionou.
Preços em alta
Os preços do leite longa vida variam entre R$ 6 e R$ 11 nos supermercados.
A inflação acumulada dos últimos 12 meses está, mesmo com a queda de julho, em 10,07%. Na alimentação no domicílio, a inflação em 12 meses é de 17,50%.
Na alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,74% em julho, as maiores altas do mês ficaram por conta do leite longa vida (25,46%), cujos preços já haviam subido 10,72% no mês anterior. Além disso, os preços de alguns derivados, como o queijo (5,28%), a manteiga (5,75%) e o leite condensado (6,66%).
Outro destaque de altas foram as frutas, com avanço de 4,40% e impacto de 0,04 p.p. no IPCA de julho.
Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), a disparada nos preços dos alimentos “é um desrespeito ao direito humano mais básico de comer. Esse desgoverno vai deixar cicatrizes na saúde e dignidade dos brasileiros”.
O parlamentar criticou a gestão de Bolsonaro: “Milhões de brasileiros passam fome e habitam as ruas em situação de miséria. O presidente se gaba de ter reduzido o imposto sobre jetski enquanto preço de cesta básica não para de subir. Conhecido por suas eternas férias sobre as ondas, é insensível quando o assunto é a FOME”.