Petrobras desmente Bolsonaro e nega redução no preço dos combustíveis
A Petrobras informou nesta segunda-feira (6) que "não há decisão tomada" sobre novos reajustes nos preços de combustíveis. Em comunicado, a estatal informou que monitora continuamente os mercados e não antecipa decisões de reajustes. “A Petrobras não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado", destacou a estatal em nota.
O informe foi uma resposta às expectativas de mudanças nos preços de combustíveis nas refinarias, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar em entrevista ao site Poder360, no domingo (5), que a Petrobras anunciaria nesta semana redução no preço dos combustíveis.
A Petrobras esclareceu que "ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes". Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
No comunicado divulgado nesta segunda, a petroleira reitera um "compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais".
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a declaração de Bolsonaro foi “irresponsável”. “As mentiras de Bolsonaro afetam não apenas a esperança de milhões de brasileiros desesperados com os altíssimos preços da gasolina, mas todo o mercado e o setor produtivo. Hoje, por conta da declaração que Bolsonaro deu sobre cortes no preço dos combustíveis, a Petrobras precisou desmentir o presidente da República”, destacou.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também condenou as mentiras de Bolsonaro. “Mais mentiras. Após Bolsonaro afirmar que os preços da Petrobras reduziriam nessa semana, a estatal negou a informação. A gasolina, o gás, o botijão seguem sendo dor de cabeça para o bolso da população brasileira. Assim como o presidente!”, pontuou Almeida.
