É fato que as mulheres têm ganhado espaço no mercado de trabalho, mas a equidade com os homens ainda pode levar oito décadas, segundo revela o Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial. Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Igualdade de Gênero (26), comunistas cobram o avanço de pautas que garantam às mulheres as mesmas condições que os homens no trabalho.

Há seis anos, tramita na Câmara uma proposta que estabelece normas para facilitar a entrada e a permanência das mulheres no mercado de trabalho. Trata-se do Projeto de Lei (PL) 6653/09, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Apesar da importância da pauta, desde 2010, o projeto aguarda deliberação em Plenário. “É importante que o Brasil tenha uma legislação que fortaleça a presença e a elevação da perspectiva profissional das mulheres no mercado de trabalho. Esse projeto foi escrito por mim e pelas centrais sindicais de maneira unificada e estamos dispostos inclusive a aprimorar o seu conteúdo para que ele possa ser apreciado", afirma a parlamentar.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as brasileiras ganham, em média, 76% da renda dos homens. Para punir tal prática, o deputado João Derly (PCdoB-RS) apresentou o PL 131/15, que prevê mecanismos de fiscalização contra a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

O pleito é reforçado pela deputada Luciana Santos (PCdoB-PE). “Somos mais da metade da população do planeta e ainda amargamos situações de desigualdade. Esta não é uma luta sexista, mas contra um modelo econômico e uma cultura machista que estão impregnados na sociedade.”

“Precisamos de políticas públicas que estimulem a participação das mulheres, a quebra do preconceito no mundo das organizações internas no trabalho para acabar de vez com o preconceito de que mulher não pode ser chefe, de que mulher não pode ocupar cargos de direção” reforça a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci.