Daiana Santos defende ações urgentes e preventivas para o RS
Em meio ao caos que eventos climáticos causaram no Rio Grande do Sul, a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) propôs, nesta quarta-feira (22), ações conjuntas com a Defesa Civil e os prefeitos das cidades nas proximidades do lago Guaíba, para auxiliar as vítimas das enchentes. Além disso, oficiou o governo do estado, municípios e a CEEE Equatorial, exigindo que a rede elétrica seja restaurada com segurança nas áreas afetadas.
“O Rio Grande do Sul novamente está enfrentando um problema climático de calamidade pública, e a situação das famílias atingidas é urgente. Por isso, já realizei contatos em Brasília com os ministérios. Estou mobilizando toda a equipe da minha ‘mandata’ para auxiliar a população”, afirmou a deputada. Ela acrescentou que “é hora de agirmos de maneira coletiva para ajudar a população”.
Em reunião na qual abordou o tema na Câmara, Daiana salientou: “A gente está com a estrutura do estado devastada. Cada dia que passa, a cada previsão do tempo que vem, piora a situação”. A parlamentar defendeu que é preciso pensar “no agora, na urgência do que está sendo necessário neste momento para o nosso povo, mas também nas ações que venham a prevenir, porque se não, nunca vamos dar conta dessas situações”.
Cenário no RS
Ao todo, 179 cidades foram atingidas e cinco pessoas morreram desde que as chuvas atuais tiveram início no dia 13 de novembro. Até esta quarta-feira (22), havia cerca de 29 mil pessoas desabrigadas, das quais mais de 25 mil estão desalojadas e mais de 4,2 mil estão em abrigos públicos, de acordo com a Defesa Civil.
Na manhã desta quinta-feira (23), um prédio de cinco andares desmoronou na cidade de Gramado. Ninguém ficou ferido. Cerca de 100 pessoas moravam no local, que foi interditado no dia 18 pela Defesa Civil em função dos riscos que oferecia, devido a rachaduras que apareceram no solo em consequência do excesso de água.
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Após comportas vazarem no início da semana, ruas de Porto Alegre foram tomadas pelas águas do Guaíba e o prefeito Sebastião Melo (MDB) decretou estado de emergência. Esta é a maior cheia registrada na cidade desde 1941.
A região das Ilhas é uma das mais afetadas da capital gaúcha. O local, onde vivem majoritariamente famílias em situação de vulnerabilidade social, está alagado, com casas e carros cobertos pela água. Famílias estão acampadas nas proximidades da BR-290.
Chuvas excessivas
As enchentes atuais são vistas, por especialistas, como resultado do excesso de água acumulada nas bacias hidrográficas dos três estados do Sul nos últimos dois meses.
Já o mês de setembro foi marcado por ciclones extratropicais que atingiram o estado e também levaram a alagamentos e deslizamentos, deixando 50 mortos, a maioria no Vale do Taquari.
Outra sequência de chuvas, ocorridas em junho também devido a um ciclone extratropical, resultou em 16 mortes. Tais casos são explicados pela soma das consequências trazidas pelas mudanças climáticas e o El Niño, além de características próprias do clima do RS potencializadas por esses fenômenos.