Como o objetivo de reduzir a mortalidade materna, o deputado João Ananias (PCdoB-CE) solicitou a realização do 1o seminário de parlamentares da América Latina e Caribe para debater a saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil, promovido nesta quarta e quinta-feira (04, 05/12) pelas comissões de Seguridade Social e Família, e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

“A nossa razão de mortalidade materna hoje, há um ano da avaliação do pacto, é quase que o dobro de morte do que a meta pactuada. É difícil atingir e é preciso uma ação conjunta. Mais de 90% das mulheres que morrem são por situações evitáveis, como doenças hipertensivas na gravidez, hemorragias, infecções no puerpério, doenças vasculares e aborto”, afirma o parlamentar que também é médico. 

O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Joaquin Molina complementa: “95% das mortes maternas podem ser evitadas caso a mulher receba serviços de atenção de saúde”. Segundo ele, entre 1990 e 2010, a mortalidade materna nos países da América Latina e do Caribe diminuiu 44%. “Isso significa que a região não vai cumprir a meta de reduzir em 75% essa mortalidade até 2015”, salientou.

“Nosso papel é apressar o passo. Integrar em torno dessa causa porque enquanto o Brasil tem razão de mortalidade de 68 o Haiti está com mais de 300 mortes maternas. Por outro lado, temos Cuba, Uruguai, Argentina, Chile abaixo de dois dígitos.  A mistura de experiências exitosas, com os outros que ainda não atingiram a meta, é importante para que a gente repactue a Meta e possamos atingir melhores resultados. Precisamos agir de forma integrada”, defende Ananias, presidente da subcomissão especial destinada a tratar do fortalecimento da informação e prestação de contas sobre a saúde das mulheres e das crianças.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves