Jandira diz que oposição ataca STF para desviar foco sobre seus problemas
A extrema direita no país termina o ano em agruras com Jair Bolsonaro, militares de alta patente e ex-assessores golpistas presos ou na iminência de irem para a cadeia. A bandeira da anistia foi trocada por uma dosimetria que será vetada simbolicamente no 8 de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-R), principal líder bolsonarista, foi pego com R$ 470 mil em espécie apreendidos durante uma operação da Polícia Federal (PF). A corporação encontrou indícios fortes de desvio de recursos da sua cota parlamentar.
Além desses problemas, a oposição não conseguiu se unir, até o momento, em torno de uma candidatura única para enfrentar o presidente Lula nas eleições de 2026. Ou seja, encontra-se fragmentada para a disputa.
É nesse contexto que a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) avalia o comportamento da extrema direita ao convocar a imprensa para pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusado, sem provas, de agir em favor do Banco Master na transação com o BRB.
Para ela, o enredo ensaiado é patético. “De olho em 2026, a oposição tenta desviar o foco de si, montando uma farsa com acusações sem prova, a partir de parte da mídia corporativa, e coloca no alvo o STF, garantidor da democracia e da Constituição em todo o processo recente da tentativa de golpe. Faz isso por meio de ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do 08 de janeiro, agora alvo de um pedido de impeachment que, como na desmoralizada Lava Jato, não se baseia em fatos, mas em ‘convicções’”, diz.
“Minha solidariedade ao ministro Alexandre. Não aceitaremos outra falsa crise criada para livrar a pele da extrema direita corrupta e golpista. E é preciso saber também quem encomendou este enredo. Basta de golpismo no Brasil!”, completa.
Banco Master
A deputada também considera correta a decisão do Banco Central de liquidar extrajudicialmente o Master pela fraude que ultrapassou R$ 12 bilhões e afeta não só o sistema financeiro do Brasil, mas as economias de milhares de investidores.
“É correta a decisão do Banco Central, assim como devem ser investigadas outras organizações financeiras e fintechs, e também suas relações suspeitíssimas com a extrema direita e o crime organizado. Não podemos esquecer que estas empresas agora investigadas ganharam espaço durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC independente. Empresas que lucram com carteiras de crédito e fundos falsos precisam de punição exemplar, bem como seus operadores”, considera a parlamentar.




