O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) defendeu a exploração da Margem Equatorial como uma oportunidade estratégica para o Brasil e alertou que o país não pode desperdiçar seu potencial energético. “O Brasil não pode perder capacidade competitiva. A exploração da Margem Equatorial não é uma pauta contraditória com a sustentabilidade e preservação ambiental”, afirmou.

Vice-presidente da Frente Parlamentar Mista pela Exploração da Margem Equatorial, Jerry comparou a região ao pré-sal e destacou que países vizinhos já avançam na exploração de formações geológicas semelhantes. Ele também argumentou que a transição energética deve ser planejada dentro da realidade global e sem comprometer a soberania nacional. “A questão do petróleo, da energia, é algo fundamental na disputa global. Não dá para a gente desperdiçar a possibilidade que temos no Brasil, enquanto do outro lado do oceano essa mesma formação geológica já está sendo explorada”, afirmou o deputado.

Jerry também ressaltou que a exploração deve ocorrer em equilíbrio com a agenda ambiental e a transição energética. “Não é uma pauta contraditória com a sustentabilidade e a preservação ambiental. Vamos fazer, mas projetando a transição energética de forma responsável”, disse.

Em entrevista ao Portal Brasil 247, o parlamentar enfatizou que a exploração da margem equatorial está diretamente ligada à soberania nacional, além de assegurar potencial econômico. Ele citou como exemplo o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que tem recebido operações internacionais no setor aeroespacial, reforçando a importância da autonomia brasileira em áreas estratégicas.

“Nós temos mecanismos na política e na governança do país para assegurar nossos interesses. O potencial que temos de construir riqueza também contribui para fortalecer a soberania nacional”, concluiu Jerry.

A Frente Parlamentar Mista pela Exploração da Margem Equatorial, presidida pelo deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), tem defendido a viabilização da atividade com normas regulatórias que garantam segurança jurídica para os investimentos e um modelo sustentável de exploração.