Em outubro de 2024, o Brasil consolidou uma justa homenagem com a sanção pelo presidente Lula da proposta que declara o educador baiano Anísio Teixeira como “Patrono da Escola Pública Brasileira”.

O projeto, de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), reconhece o educador baiano que sempre defendeu a democratização do ensino e a escola pública, gratuita e de qualidade para todos.

“Finalmente, se fez justiça com a memória, a história e o legado do grande educador brasileiro Anísio Teixeira, que muito antes de Paulo Freire e Florestan Fernandes, disse ao Brasil que a educação não era um bem da elite, era um direito de todos. Anísio criou a escola de tempo integral no Brasil, métodos relacionados com o trabalho, as artes e a educação. Foi um defensor da democracia e dizia que a máquina de se fazer democracias é a escola pública”, conta a deputada Alice Portugal.

Nascido na cidade de Caetité (BA) e falecido em circunstâncias nunca esclarecidas no Rio de Janeiro, em março de 1971, durante a ditadura militar, Anísio começou seu trabalho com a educação em 1924, quando recebeu o convite do então governador da Bahia, Góes Calmon, para ocupar o cargo de inspetor-geral de ensino da Bahia. Na época, ele transformou a concepção de ensino no estado.

Um dos maiores legados de Anísio foi a construção, em 1950, do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, em Salvador, mais conhecido como Escola-Parque, instituição pública, gratuita e de tempo integral. Ainda na década de 50, ele foi secretário-geral da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep), que hoje leva o seu nome.