Anísio Teixeira pode se tornar patrono da escola pública brasileira
O Projeto de Lei (PL) 1133/2015, de autoria da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que declara o educador baiano Anísio Teixeira, “Patrono da Escola Pública Brasileira” foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.
Idealizador das mais significativas mudanças na educação do país do século 20, o educador sempre defendeu a democratização do ensino e a escola pública, gratuita e de qualidade para todos. O projeto, agora, aguarda prazo regimental para seguir para votação no Senado Federal.
“O nosso projeto, que declara o professor como Patrono da Educação Pública Brasileira, é uma justa homenagem a esse baiano que defendeu a experiência do aluno como base do aprendizado. A nossa proposta foi aprovada nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Viva, Anísio Teixeira!”, comemorou a parlamentar.
Anísio Teixeira
Nascido na cidade de Caetité (BA) e falecido em circunstâncias nunca esclarecidas no Rio de Janeiro, em março de 1971, Anísio começou seu trabalho com a educação em 1924, quando recebeu o convite do governador da Bahia, Góes Calmon, para ocupar o cargo de inspetor-geral de ensino da Bahia. Na época, ele transformou a concepção de ensino no estado.
Um dos maiores legados de Anísio Teixeira para o progresso educacional da Bahia e do Brasil foi a construção, em 1950, do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, em Salvador, mais conhecido como Escola-Parque, instituição pública, gratuita e de tempo integral. Ainda na década de 50, Anísio foi secretário-geral da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), que hoje leva o seu nome.
A concepção de que a educação não é privilégio, mas sim um direito de todos foi a marca deste grande educador que, em mais de quarenta anos de trabalho, produziu numerosos livros, artigos, relatórios e palestras, deixando um rico legado para a educação do Brasil.
*Com informações do PCdoB da Bahia