Presidente do BC terá de se explicar no Congresso pela alta taxa de juros
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, terá que dar explicações no Congresso sobre a alta taxa de juros de 13,75%, um percentual duramente criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Convocações estão sendo feitas tanto na Câmara quanto no Senado. Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que assumiu a liderança do PCdoB na Câmara neste domingo (12), o diálogo é necessário a fim de que o Congresso possa ter a possibilidade de mudar a política monetária do Brasil.
“Nós chamaremos aqui o presidente do Banco Central para que ele se explique, para que ele explique o que faz do Banco Central”, disse a parlamentar.
Ela considerou “corretíssima” a reação do presidente Lula em relação aos juros. “A política monetária pode definir se nós vamos industrializar ou não o Brasil. Vai definir se nós vamos ou não gerar emprego; pode definir se haverá ou não investimento neste país”, considerou.
A deputada disse que o Parlamento precisa “assinar embaixo” a favor da crítica correta de Lula. “Ele é o presidente eleito, vai responder pela política macroeconômica e econômica deste país, e ele será julgado por isso”, lembrou.
“Então, é muito correta a sua posição de fazer a crítica à política monetária, aos juros elevados deste país, porque não há nenhuma justificativa e nem demanda para se manter esses juros altos”, defendeu.
“O rentismo esperneia para manter taxas de juros imorais. O presidente Lula tem a responsabilidade histórica de implementar uma política econômica que impulsione o país, assegure emprego e renda, debele a fome, melhore efetivamente as condições de vida do nosso povo”, considerou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).