A Coordenadoria da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC) realizou nesta terça-feira (11) o I Seminário Nacional de Inclusão da Mulher na Política e Igualdade de Gênero. No evento, foram discutidos diversos temas referentes ao papel do gênero na sociedade, mas também à igualdade e infraestrutura no mundo do trabalho, participação da mulher na política e assédio moral no ambiente empresarial.

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), ex-coordenadora da Bancada Feminina e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), participou do evento e falou sobre a participação feminina na política, destacando que o número de mulheres que ocupam cargos centrais no âmbito das direções políticas ainda é baixo – o mesmo acontece com as que se candidatam a cargos eletivos.

“As mulheres precisam acreditar nelas mesmas!”, defendeu a parlamentar durante o seminário. Mesmo com políticas que têm o intuito de incentivar a participação do gênero, a sociedade é representada no Parlamento por uma maioria masculina. “Qual é o estrangulamento? É o estrangulamento estrutural que é o voto econômico! Quem manda no voto no país é o dinheiro! Então, o que hoje queremos é uma cota de vagas”, defendeu Jô Moraes.

A deputada ainda falou sobre as conquistas do voto feminino, ocorrido em 1932, e sua associação a uma necessidade democrática da sociedade. “A partir de 1996, nós começamos a ter uma legislação que procurava reforçar a participação das mulheres. Vejam, de 1932 a 1996, neste período, nós tivemos poucos ganhos do ponto de vista político. De 1994 a 2014 são 20 anos. Em 1994 nós tínhamos 6% das cadeiras; em 2014, 9,2%.”

O seminário contou com a presença da secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da Presidência da República (SPM), Tatau Godinho, e da juíza do trabalho Antônia Mara Vieira Loguércio, entre outros convidados.