Hoje a Câmara tem 45 deputadas federais, o equivalente a 9% do total dos membros eleitos  no último pleito, em 2010. Desse total, sete sairão para disputa em cargo majoritário, como senadora e vice-governadora e duas concorrerão à vaga de deputadas estaduais. Apenas três não disputam nenhum cargo.

Apesar de ter mecanismos de incentivo fixados em lei, na prática, ainda não reflete o número de candidaturas femininas. Para a coordenadora da Bancada Feminina na Câmara, deputada Jô Moraes (MG),  a luta no Congresso deve ser pela aprovação da PEC 590/2006, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que garante a representação proporcional de cada sexo na composição das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado e de cada comissão.

O aumento da participação feminina na política brasileira é uma causa defendida e incentivada pela Justiça Eleitoral. Em março de 2014, o TSE lançou, com o apoio do Congresso Nacional, a campanha “Mulher na Política”. A campanha teve como principal objetivo sensibilizar os partidos para a importância da valorização da questão da igualdade de gênero, prevista na legislação eleitoral, que determina a reserva de vagas de no mínimo 30% e no máximo 70% para cada gênero no que se refere às candidaturas.

Alguns pontos mostram que a mulher está conquistando o seu espaço no cenário político. Atualmente, o país é chefiado por uma mulher, a legislação incentiva a presença dela na política, a participação feminina cresce no âmbito do Judiciário e o eleitorado brasileiro é composto, em sua maioria, pelo gênero feminino (52,13%). No entanto, apesar de todos os avanços, um ranking divulgado no início do ano aponta que de 188 nações, o Brasil é o 156º no que se refere à representação da mulher no Poder Legislativo. Os dados integram a cartilha “+ Mulher na Política: Mulher, Tome Partido”, produzida pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado, em parceria com a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados e a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara.

De Brasília, Tatiana Alves