Líder do PCdoB na Câmara, a deputada Manuela D’Ávila (RS) afirma que o reconhecimento só foi possível após 65 anos. “O momento histórico que nós vivemos hoje de reconhecimento do tempo que nós levamos para devolver esses mandatos. O Congresso simbolicamente reconhecer o que a interrupção da democracia provoca danos para o nosso país”.

Para Jandira Feghali (RJ) autora do projeto e que propôs a sessão, a devolução simbólica dos mandatos foi feita porque hoje o momento é outro e a sociedade brasileira percebeu que a democracia não será completa se a história não for recuperada, e seus brasileiros, que foram sacrificados por nós todos, não fossem reconhecidos.

Jandira citou novamente trecho que disse na sessão fazendo referência quando Maurício Grabois foi cassado “Um dia quando a democracia for respeitada, nós voltaríamos. Quando Haroldo Lima foi líder da bancada do PCdoB em agosto de 1985 falou: voltamos. E agora, eu digo: voltamos todos”.

“Todos os 14 deputados do Partido Comunista do Brasil eleitos em 1945 tiveram um papel histórico e se sacrificaram na luta contra a ditadura militar. Se não fossem eles não estaríamos com o processo democrático em curso”, complementou a deputada.

As familiares de Abílio Fernandes e Gervásio Gomes agradeceram a homenagem e afirmaram que os avós não ganharam nada material com a política. “Meu avô perdeu a vida, mas nos deixou um imenso orgulho”, agradeceu a homenagem Paloma Alessio Oliveto, neta de Gervásio.

Marylene Kern, neta de Abílio, complementou: “nós deixaram o valor moral, de caráter, de uma luta digna. Nós somos quatro mulheres herdeiras disso e somos extremamente orgulhosas do avô que tivemos”.

A deputada Jandira Feghali lembra que ainda “faltam mais três famílias para completar o nosso trabalho, para que as famílias se sintam apropriadas do que é seu”, afirmou.

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Tatiana Alves