O primeiro motivo é que há uma quantidade gigantesca de pessoas que está disposta a participar, que está nas ruas do país e mostra que querem que as instituições sejam reformadas e que não aceitarão soluções prontas.

A segunda questão é que o Congresso tem muita dificuldade em pactuar, em chegar a um consenso.  “O ex-presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, o ex-deputado e presidente da Embratur, Flávio Dino,  o deputado Henrique Fontana (PT-RS) e o Ronaldo Caiado (DEM-GO) fizeram bons relatórios e nenhum foi votado”, avalia a parlamentar.

Manuela D´Ávila afirma que os relatórios servirão para a elaboração das perguntas. Os pontos e as perguntas para o plebiscito serão discutidos na reunião do Colégio de Líderes na próxima terça-feira (9). São cinco os temas da carta da presidenta Dilma Rousseff entregue ao Congresso nesta terça-feira (2): financiamento de campanhas, sistema eleitoral, suplência de senadores, coligações partidárias e voto secreto no Parlamento.

“Já sabemos quais as teses que existem, mas não conseguimos opinar sobre elas majoritariamente. Se o Congresso não consegue fazer isso, o povo deve fazer. Não há nenhum constrangimento de, havendo a dificuldade de chegar a um acordo, de se consultar a população”, esclarece.

A deputada Manuela D´Ávila repudia o argumento da oposição de que o povo não tem condições de decidir sobre assunto tão complexo. “São aqueles que acham que o povo só está preparado para votar quando vota neles. Nem todo mundo é obrigado a entender as questões políticas, mas todos tem capacidade de adquirir conhecimento para votar”.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves