Durante duas horas de debate, coordenados pela presidenta da comissão, a deputada federal Jandira Feghali e com transmissão ao vivo pela internet e acompanhamento nas redes sociais, os convidados apresentaram a situação atual da cadeia produtiva da economia criativa, desde as dificuldades com fomento, quanto formação da mão de obra, formalidade e logística: “A economia criativa tem mostrado crescimento gradual no Produto Interno Brasileiro, assim como de municípios brasileiros. Dar solução para problemas neste setor é garantir ao mesmo tempo fomento è economia, ao trabalho, renda e desenvolvimento do País”, explica a parlamentar.
 
Para Ekede Isabel, coordenadora nacional do Setorial da Unisol Brasil, há dois grandes gargalos: “A falta de qualificação profissional para costureiras e designers, além da dificuldade na comercialização dos produtos”, avaliou. Já a diretora do Instituto Nacional de Moda e Design IN-MOD, criadora e organizadora do São Paulo Fashion Week, Maria das Graças Cabral e Silva, afirmou que moda é valor agregado ao produto final: “O designer é um diferencial, é o que determina o valor do produto. Hoje temos vários problemas na cadeia produtiva, entre eles a terceirização e a quarteirização do trabalho das costureiras, por exemplo. O resultado é o surgimento do trabalho escravo no setor, o que é gravíssimo”, pontua.
 
A deputada Jandira Feghali propôs aos participantes a produção de um documento que subsidie o colegiado e ao Executivo, com informações que viabilizem a efetivação de políticas e programas que estão parados. A secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Cláudia Leitão comprometeu-se a enviar à comissão, no prazo de 15 dias, um documento com as propostas legislativas do Ministério, assim como os representantes da sociedade civil, que também assumiram o compromisso de encaminhar um documento com suas demandas.