Desde essa época, tramitam na Casa vários projetos regulamentando o direito de resposta. Todos os apensados – inclusive um de 1992 – foram encaminhados com pareceres favoráveis das comissões, em setembro deste ano, à Coordenação de Comissões Permanentes, onde aguarda inclusão na Ordem do Dia do Plenário.

Jô Moraes justificou sua manifestação  devido ao fato de o jornal “O Estado de S. Paulo” ter publicado nesta quarta-feira uma pequena nota no pé de página informando que errara ao anunciar e afirmar  na manchete da edição de domingo, em letras garrafais, que o PCdoB estava envolvido com falcatruas relacionadas a uma ONG.

“O jornal, no último domingo, na sua primeira página, jogou em letras garrafais uma manchete que caluniava o PCdoB. Hoje, imaginem os senhores, colocou em 5 centímetros uma resposta: Correção. Estão incorretos os títulos Saques reforçam indícios de desvio pelo PCdoB, editados na capa do jornal e na pág. A7… Quero mostrar que é um absurdo que o povo brasileiro não tenha direito à verdade! Isso nós temos que regulamentar na aprovação do projeto”, afirmou Jô.

Desde segunda-feira (12), o partido vem se manifestando contra a leviandade de o jornal acusar o partido, conforme retrata a nota do presidente Renato Rabelo, divulgada na ssegunda (12) e  lida em plenário pela líder Luciana Santos (PE) na sessão dessa terça-feira (13).

“A honra do partido foi atacada pelo jornal O Estado de S.Paulo, no último dia 11. A pretensa reportagem, assinada por Alfredo Junqueira, vincula artificialmente — e sem provas — a legenda comunista a um enredo com o qual ela não tem ligação nenhuma. No dia seguinte,  outra dose do mesmo naipe foi publicada.Trata-se de um ataque vil, posto que é destituído de qualquer veracidade”, disse Luciana Santos.

Para o PCdoB, fica claro que o objetivo “desse material falsamente jornalístico não é informar e tão pouco defender o bem público. Mais uma vez — movido pela sanha reacionária de golpear o campo político progressista do país, em especial a esquerda —, O Estado de S. Paulo recorre a uma montagem grosseira de peças e personagens para jogar na lama a honestidade do Partido Comunista do Brasil”, disse.

BBC de Londres – O deputado Chico Lopes (CE), da tribuna, lembrou que “aqui no Brasil, a mídia acusa quem quiser, com ou sem provas, com destaque completamente desproporcional, e depois  — quando o faz — se redime argumentando questões de forma, para continuar atacando e caluniando pessoas e entidades à revelia da lei vigente no país. Este tipo de mídia se transforma em uma espécie de panfleto de agitação política, sem a menor preocupação com a veracidade dos fatos”, observou o deputado comunista.

Ele lembrou o que ocorreu semana passada com a prestigiosa organização londrina BBC. Em reportagem exibida em um de seus programas noticiosos, a TV inglesa denunciou indevidamente um membro do parlamento britânico de pedofilia.

“Sem provas e sem o necessário contraditório. Sabem o que ocorreu? O diretor editorial principal da BBC se demitiu de suas funções e agora a organização passa por uma profunda reforma em seus procedimentos para recuperar o prejuízo de credibilidade diante de seus telespectadores”, ressaltou Chico Lopes.

Para Chico Lopes, somente a regulamentação impedirá “que estas acusações sem fundamento continuem a ser feitas em nosso país. Em defesa da liberdade de expressão para todos e não apenas para umas poucas famílias detentoras do monopólio da comunicação no Brasil”, afirmou.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Por Angela Romito