Chico Lopes, conterrâneo e também do PCdoB, sustenta a a urgência da medida: “É urgentíssimo que esta Casa aprove a reforma política, sob pena de não estarmos contribuindo com a democracia”.

João Ananias apresenta dados da revista ISTOÉ (de 29 de Agosto de 2012, intitulada "Tesoureiros em Apuros") sobre a campanha de São Paulo, em que um dos candidatos esperava arrecadar R$ 98 milhões e arrecadou R$ 1,5 milhão; e de outro que previa R$ 90 milhões e arrecadou R$ 1,4 milhão.

Há vários outros exemplos, com informações dadas pelas coordenações de campanha, mas que Ananias avalia que podem não ser verdadeiras. “São campanhas, ricas, em todo o canto. Com que dinheiro? Dinheiro de quem? Claro que é com o dinheiro doado extraoficialmente, por baixo dos panos, o que é pior. É muito pior porque nem os órgãos fiscalizadores não tem braços largos para alcançar e, a sociedade civil, muito menos”.

João Ananias critica a concorrência desleal entre as campanhas das elites poderosas e as candidaturas populares. “Não dá para concorrer em pé de igualdade. É preciso o Parlamento instituir, baseado no que está acontecendo nessas eleições, o financiamento público de campanha como forma de diminuir um pouco — ou diminuir muito, dependendo de como se dê — as influências do poder econômico nos mandatos” .

Manipulação de dados – Chico Lopes cita o caso dos institutos de pesquisas que são pagos pelos candidatos para medir a intenção de voto do eleitorado. Um exemplo divulgado pela Folha de S.Paulo e mencionado pelo parlamentar aconteceu em Goiás, onde a Polícia Federal foi acionada para proibir a publicação de uma pesquisa.

“Temos o Tribunal Regional Eleitoral para que os candidatos possam, pelo menos, competir em pé de igualdade, sem correr o risco de saírem em pesquisas que mostram, numa hora, que estão em primeiro lugar e, depois, em último”, afirmou Lopes.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves