A deputada Jô Moraes (MG) avaliou, em discurso na tribuna da Câmara, que as negociações entre o Governo e os representantes dos servidores públicos abriram a possibilidade de se reconstruir os planos de carreira do funcionalismo federal. A seu ver, esse é um dos grandes avanços do movimento.

Para a deputada, com a manutenção do movimento, o impacto seria maior nos serviços prestados ao povo brasileiro do que no próprio Governo Federal. “Embora não tenha dúvidas da justeza das demandas das 30 categorias que aderiram ao movimento paredista”, disse.

A parlamentar lembra que, desde o governo Lula, houve um aumento no número de vagas oferecidas por meio de concursos públicos. Foram 160 mil, além da ampliação das área da Receita Federal, do Banco Central e das chamadas carreiras de Estado.

“O Brasil tem que romper com a lógica neoliberal para se aperfeiçoar em seu papel de investidor e ativador do desenvolvimento econômico e de prestador de serviços fundamentais, como é o caso da saúde e da educação”, alertou a deputada. Ela ressaltou, ainda, a necessidade de se buscar novas formas de funcionamento do Estado brasileiro.

A maior parte dos acordos entre representantes de categorias em greve e o governo federal deve ser formalizada nesta quinta-feira (30). A Confederação dos trabalhadores no serviço público federal (Condsef) passou essa quarta-feira (29) no Ministério do Planejamento buscando fechar os termos do acordo das categorias de sua base que aprovaram por maioria as propostas apresentadas pelo governo. Até o momento ainda não se pronunciaram favoravelmente ao acordo os servidores do Incra, do Dnit e da Agências Reguladoras, que integram a base da Condsef.

A expectativa do governo é a de enviar ainda hoje (30) o projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional já com a previsão de gastos com a folha de pagamento em 2013. A data limite é o 31 de agosto.

Greve – Os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais começaram em julho, mas ganharam força e cresceram e agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reivindicações.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves