Do total de jovens entre 18 e 29 anos, 39,5 milhões não têm o ensino fundamental completo. Esse é o público que o Ministério da Educação pretende atingir com o programa ProJovem Trabalhador, que tem o objetivo de garantir melhores condições de trabalho com educação e orientação profissional para estes jovens.

De acordo com Danielle Kineipp, assessora da Secretaria de Políticas de Emprego, do Ministério do Trabalho, a meta anual de inserção no mercado de trabalho é de 30%, dos mais de 64,5 mil jovens inseridos no programa em novembro de 2011. “O público jovem é vulnerável, a inserção no mercado de trabalho é mais difícil e a taxa de desemprego nesse grupo é maior do que no restante da população economicamente ativa”, diz.

Cláudia Guimarães, responsável pela Coordenação Geral de Políticas para a Juventude do Ministério da Educação, afirma que dentre as prioridades do programa ProJovem Trabalhador, estão a qualificação e participação cidadã e a conciliação de estudo e vida familiar. Ela explica que o governo aperfeiçoou o programa com salas de acolhimento para os filhos de alunas, pois quase 70% delas são mães.

Estudantes – Para o representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), André Vitral, é importante que o Brasil aproveite o bônus demográfico de jovens para elaborar novas políticas de inserção qualificada dos jovens ao mercado de trabalho.

Ele também defende a votação de matérias importantes para garantir o trabalho decente no Brasil, como a PEC do Trabalho Escravo e a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas para possibilitar que o jovem trabalhador continue estudando.

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, criticou a entrada do jovem precocemente no mercado de trabalho. “Torna-se difícil conciliar as atividades acadêmicas com o trabalho”.

Ela reclama, também, da dificuldade de acesso ao primeiro emprego, apesar das políticas de juventude. Segundo a presidente da Ubes, as empresas se valem dessa dificuldade para explorar o jovem. E exemplifica: “empresas de telecomunicações, que ampliam a carga horária da juventude, não oferecem condições dignas de trabalho, tampouco plano de saúde, e cada vez menos se importa com a condição acadêmica”.

O deputado Chico Lopes (CE), que presidiu parte sessão, afirma que do Governo Lula até o da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil apresentou um avanço na qualificação dos jovens, com o aumento das escolas técnicas, mas lembra que o negro precisa de mais atenção e defendeu o acesso facilitados deles ao mercado de trabalho.

Assessoria de Comunicação
Liderança do PCdoB/CD
Tatiana Alves