O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta segunda-feira (6), a Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas. O programa pretende reduzir as filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no Sistema Único de Saúde (SUS) e terá um aporte de R$ 600 milhões.

A ideia é destinar inicialmente R$ 200 milhões às federações para incentivar novos projetos que zerem as filas. O restante será repassado a partir do encaminhamento de cirurgias realizadas, sobretudo abdominais, ortopédicas e oftalmológicas.

Para ter acesso aos recursos do programa, cada estado deverá apresentar um plano de ação, que deve fixar as prioridades conforme a realidade local. Nesse primeiro momento, o foco estará na redução das filas de cirurgias eletivas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. Posteriormente, o esforço estará voltado para os exames e as consultas de especialistas.

Deputados do PCdoB comemoraram o anúncio do programa, que é uma das metas apresentadas para os cem primeiros dias de governo do petista.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), afirmou que milhares de pessoas terão seu direito à saúde garantido, depois do caos vivido na gestão de Bolsonaro. “Depois do caos da pandemia e do desmonte da saúde promovido por Bolsonaro, o governo Lula chega com pacote de R$ 600 mi para cirurgias eletivas no SUS. A ideia é reduzir as filas. Milhares de pessoas que aguardam terão seu direito à saúde garantido”, destacou em suas redes sociais.

Para a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) o lançamento do programa representa o fim do negacionismo. “É o Brasil saindo das trevas do antigo governo com cuidado com a sua população, principalmente a mais negra e pobre, que depende desses serviços”, pontuou.

Lula também criticou o desmonte feito por seu antecessor e reforçou os esforços para a vacinação das crianças. "O povo achava que o SUS não valia nada. Veio a crise da Covid-19 e quem salvou muita gente nesse país foi exatamente o Sistema Único de Saúde, a quem nós devemos muito agradecimento e aos funcionários do SUS, que foram verdadeiros heróis", disse.

O presidente enfatizou que o novo Programa Bolsa Família, quando for reiniciado, determinará como condicionante a vacinação. "Primeiro: as crianças até 6 anos de idade vão receber R$ 150 a mais. Segundo: as crianças têm que estar na escola. Se não estiver na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro: as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiver atestado de vacina, a mãe também perde o benefício", assegurou.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) comemorou a defesa da vacinação. “O presidente informou que será exigida a vacinação para o benefício do Bolsa Família. Saúde volta a ser prioridade!”, disse Jandira.