A possível contratação do jogador Robinho pelo Santos tem gerado polêmica e repercutiu no meio político esta semana. Isso porque Robinho foi condenado em primeira instância pela Justiça italiana por violência sexual de grupo contra uma jovem de origem albanesa. A decisão do Tribunal de Milão, de novembro de 2017, ainda não é definitiva e foi contestada pelas defesas do jogador e dos demais envolvidos.

Transcrições de interceptações telefônicas feitas com autorização judicial vieram à tona nesta sexta-feira (16) em reportagem do site Globoesporte e revelam que o jogador Robinho participou do ato.  Segundo a investigação, a mulher foi levada a um camarim na boate, onde foi abusada por cinco homens, entre eles Robinho e Ricardo Falco, seu amigo. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação, e por isso sua participação no ato é alvo de outro processo.

Nas gravações, Robinho justifica as ações, relatando que a mulher “estava completamente bêbada”.

Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) é preciso que o Brasil pare de idolatrar pessoas que cometem crimes, sobretudo contra as mulheres. “O caso do estupro coletivo na Itália envolvendo Robinho é gravíssimo. Uma mulher, alcoolizada ou não, deve ser respeitada sempre. A conversa dele com um amigo sugere que ele sabia, sim, do estado de embriaguez da jovem e participou mesmo assim do ato sexual junto com outros. Há fatos piores, como a possibilidade dela ter sido embriagada pelo grupo com essa intenção. A justiça da Itália já o condenou em primeira instância. Cabe ao Brasil parar de idolatrar figuras que perpetuam essa cultura criminosa como "heróis". Que o Santos faça o mesmo”, afirmou a deputada em sua rede social.

Vice-líder da legenda na Câmara, o deputado Márcio Jerry (MA) classificou o caso como “asqueroso e repugnante”.
Patrocinadores do clube já indicaram que retirarão recursos caso a contratação do jogador seja efetivada. O conselho do Santos se reunirá na próxima semana para decidir o caso.