Data magna da Bahia, o 2 de Julho foi tema de evento da Comissão de Cultura da Câmara desta sexta-feira (02), realizado pela presidenta do colegiado, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). A parlamentar é autora da Lei Nº 12.819/2013 que elevou o 2 de Julho como data histórica no calendário das efemérides nacionais.

O evento, denominado “Expresso 168”, contou com a participação do professor José Nilton Carvalho Pereira, 1º vice-presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB); da historiadora Lina Aras, professora da Universidade Federal da Bahia e pós-doutora em História Social; do historiador Manoel Passos Pereira, autor do livro "O Recôncavo e a Guerra da Independência"; e do professor Sérgio Guerra Filho, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e doutor em História Social.

No evento, Alice destacou a importância da Câmara dos Deputados prestar essa homenagem ao 2 de Julho para reverenciar esta data tão importante para o Brasil e para a Bahia. “Precisamos celebrar esta data que destaca o papel relevante que a independência da Bahia significou para a consolidação da libertação do Brasil da coroa portuguesa. A garantia do 2 de Julho ser reconhecido nacionalmente passa pelos estudos feitos pelos historiadores brasileiros, pelo contencioso histórico da nossa região, pelo fortalecimento das nossas universidades e também das festividades e pelo reconhecimento dos nossos heróis e heroínas, como Maria Quitéria, Maria Felipa, Joana Angélica, entre outros”, disse Alice.

O professor José Nilton agradeceu a deputada Alice pela realização do evento que contribui para fazer com que a data do 2 de Julho não seja esquecida. “O 2 de Julho começou a morrer depois da Proclamação da República, quando começaram a criar novos heróis diferentes do passado. Não podemos deixar que caiam no esquecimento aqueles que lutaram bravamente pela nossa Pátria, como os nossos heróis da independência da Bahia”, afirmou o professor.

Para o historiador Manoel Passos, eventos como esse da Comissão de Cultura destacam a importância de datas como o 2 de Julho para o fortalecimento do Estado Brasileiro, que tem sido tão atacado.

A historiadora Lina Aras reforçou que o reconhecimento do 2 de Julho passa pelo fortalecimento das universidades brasileiras. “Mesmo vivendo tempos de adversidades e ataques à Cultura e Educação, não vamos permitir que o 2 de Julho seja apagado”, destacou Lina. O professor Sérgio Guerra Filho também falou sobre as dificuldades que as universidades brasileiras tem vivido nos últimos anos, sem investimentos. “Precisamos nos inspirar nos caboclos e caboclas da nossa história e combater toda a tirania de governos neoliberais”, afirmou.