Dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que o desmatamento na Amazônia cresceu 9,5% de agosto de 2019 a julho de 2020, em comparação com o período anterior, que analisou os dados de 2018 a 2019.  Foram derrubados 11.088 km² de floresta nesse intervalo de tempo apesar da presença do Exército na região, sob a Operação Verde Brasil 2, comandada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (30) e confirmam o desmonte da política ambiental do governo Bolsonaro, visto que são os primeiros dados que englobam apenas sua gestão.

A área desmatada é a maior da última década. Os dados definitivos serão conhecidos no ano que vem.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), a alta no desmatamento no governo Bolsonaro “confirma a política de destruição colocada em prática pelo governo Bolsonaro”.

“Bolsonaro pode querer jogar a culpa nos índios, esconder dados, mas a verdade é que o índice de desmatamento é o pior desde 2008 e avançou 9,5% em apenas um ano. Isso só confirma a política de destruição do nosso patrimônio que foi colocada em prática pelo governo federal”, destacou.

De acordo com os dados do Prodes, o Pará, estado que lidera o desmatamento, foi responsável por 46,8% do desmate no bioma; seguido do Mato Grosso, com 15,9%, e do Amazonas, responsável por 13,7% da destruição no período.

Apesar de a tendência de aumento do desmatamento na Amazônia ter tido início em 2012, desde o início do governo Bolsonaro, a destruição mantém uma aceleração acentuada e preocupante.

A devastação da Amazônia e a omissão do governo em relação ao tema já tem resultado em ameaças econômicas ao país. No entanto, a postura do governo brasileiro ainda não mudou.