O governo Bolsonaro tem retido a nomeação de reitores sem dar explicações para a demora. Em recente audiência no Senado Federal, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconheceu que questões políticas têm relação com os atrasos.

“A incerteza provocada pelo MEC e o desrespeito à vontade das comunidades universitárias estão criando uma situação de calamidade nos institutos federais. Por isso, é fundamental que a Comissão de Educação realize audiência para debater amplamente esta situação dramática das instituições”, explica a parlamentar.

Na Bahia, a professora Luzia Mota foi eleita nova reitora do Instituto Federal da Bahia (IFBA), com mais de 32% dos votos, mas até o momento o MEC não ratificou sua nomeação, preferindo manter um reitor pró-tempore.

A reitora eleita participou da reunião da bancada dos deputados federais da Bahia, realizada nesta quarta-feira (4). Ela destacou que a demora na conclusão do processo tem causado prejuízos ao IFBA. “O sentimento da comunidade é de insegurança em relação ao futuro. A instabilidade criada com a protelação da nomeação, em conjunto com o problema do contingenciamento orçamentário, tem impactado negativamente as atividades desenvolvidas pelo IFBA em toda a Bahia”, afirmou a reitora eleita.

Audiência

Serão convidados o ministro Abraham Weintraub; o presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), professor Jerônimo Rodrigues da Silva; o presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão; o presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES-Federação), professor Nilton Brandão; e a coordenação-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

*Ascom Alice Portugal