Deputados e senadores que compõem a Frente em Defesa da Petrobras se reuniram nesta terça-feira (28), com o presidente da petrolífera, Aldemir Bendine, para tratar das ações do colegiado em defesa da estatal. O encontro faz parte da série de reuniões propostas pela Frente para articular ações em prol da empresa.

Para Bendine, a formação de um bloco parlamentar que defenda a Petrobras é essencial neste momento de crise. O presidente da estatal apresentou aos parlamentares o balanço auditado de 2014, divulgado na última semana, em que se detectou prejuízos de R$ 21,6 bilhões. Com dívida líquida de R$ 282 bilhões, a Petrobras precisaria operar por cinco anos para quitar todos os seus débitos, de acordo com o balanço. O prazo está acima do ideal para a direção da empresa, que busca baixa-lo para 2,5 anos.

No encontro, Bendine afirmou ainda aos parlamentares que deve concluir em 40 dias o novo plano de negócios da estatal: “o maior desafio que a empresa tem pela frente”.

“Ele nos falou ainda sobre a retomada dos investimentos da Petrobras ainda este ano. Isso aponta um cenário positivo e reforça a importância da nossa atuação. A Frente Parlamentar foi criada num contexto de ataque frontal à Petrobras, principalmente, ao desenvolvimento soberano da indústria de petróleo e gás no Brasil. Temos um objetivo especifico que é barrar o avanço de todos os processos e projetos que tentam paralisar a empresa, como os que pretendem mudar o sistema de partilha, por exemplo, e estamos trabalhando neste sentido”, afirma o presidente do colegiado, deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA).

Para a líder da bancada comunista na Câmara e membro da Frente, deputada Jandira Feghali (RJ), este é o momento de a empresa reforçar todas as suas frentes de defesa. “Essa conversa inicial é boa, porque aproxima-nos da estratégia de fortalecimento da empresa. A crise só interessa aos entreguistas, que são a favor de vender o patrimônio brasileiro", reforça Jandira.

Também participaram do encontro as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Fátima Bezerra (PT-RN), além da assessoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR).