Dilma Rousseff toma posse nesta quinta-feira, 1º de janeiro de 2015, para seu segundo mandato à frente da Presidência da República.

O roteiro de posse segue à risca um decreto (70.274/72) assinado ainda na década de 1970. Se não estiver chovendo, a cerimônia oficial começará na Esplanada dos Ministérios, onde Dilma e o vice-presidente, Michel Temer, embarcarão em carros abertos, às 14h45, na altura da Catedral de Brasília. Ela seguirá no Rolls-Royce conversível presidencial, junto com sua filha, Paula Rousseff Araújo; enquanto ele estará em outro carro logo atrás, acompanhado da esposa, Marcela Temer.

Escoltados por batedores e pela cavalaria do Batalhão da Guarda Presidencial, as duas autoridades seguirão até a rampa do Palácio do Congresso Nacional. Lá, serão recebidas pelos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros.

Já dentro do Congresso, caminharão até o Plenário da Câmara dos Deputados e, no trajeto, se encontrarão com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também deverá compor a Mesa da cerimônia, ao lado dos eleitos e dos presidentes do Senado e da Câmara.

No Plenário, Dilma e Temer deverão prestar o compromisso constitucional e assinar o termo de posse. Após a execução do Hino Nacional, Dilma fará seu primeiro discurso como presidente reempossada.

No encerramento dessa primeira fase da cerimônia, Dilma e Temer voltarão para a área externa do Congresso para mais uma execução do Hino e a salva de 21 tiros. Eles irão dirigir-se à Bandeira Nacional para prestar-lhe reverência, e Dilma, como comandante-chefe das Forças Armadas, passará em revista as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Em seguida, partirá com Temer para o Palácio do Planalto, para subir a rampa e dirigir-se ao Parlatório.

Como não haverá transmissão da faixa presidencial, por se tratar de reeleição, Dilma poderá receber a faixa do cerimonial ou já chegar ao Parlatório com a faixa no peito, para então fazer o discurso à população.

Um coquetel para os chefes de Estado e delegações estrangeiras encerrará a cerimônia de posse, no Palácio do Itamaraty. Está confirmada a presença de 27 chefes de Estado e de 66 delegações. Devem comparecer a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven.

Esquema de segurança
O Congresso Nacional preparou um esquema especial para a cerimônia. Milhares de pessoas são esperadas também na parte externa, onde poderão acompanhar a presidente durante sua chegada ao Palácio do Congresso, prevista para as 15 horas, e na saída rumo ao Palácio do Planalto.

Por limitações de espaço, o público não poderá acompanhar a solenidade dentro do Congresso, onde serão recebidas as autoridades, os parlamentares e os familiares convidados. Toda essa parte da cerimônia, no entanto, será transmitida, em tempo real, pelos meios de comunicação da Casa e em telões espalhados pela Esplanada.

O esquema de segurança para a chegada ao Congresso e, após a posse, para o deslocamento da presidente e do vice-presidente até o Palácio do Planalto, será feito por um efetivo de quatro mil homens das Forças Armadas, das polícias Federal, Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e de agentes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal.

Dentro do Congresso, a segurança estará a cargo de efetivos das Polícias do Senado e da Câmara, além das Guardas da Aeronáutica e da Marinha. Todos os convidados receberão convites que possuirão identificação por código de barras, para que outras pessoas não possam entrar com cópias.

Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho da Posse, Andréa Valente, com a leitura do código de barras, as fotos e os nomes dos convidados aparecerão nas telas dos computadores da equipe de segurança, que irá entregar hologramas de identificação para cada um, liberando o acesso ao local do Plenário onde a pessoa poderá assistir à cerimônia. Embaixadores e delegações estrangeiras deverão ocupar as galerias, enquanto parlamentares, líderes partidários e chefes de Estado estarão sentados nas cadeiras do Plenário.

Andréa Valente destaca ainda que tudo está sendo preparado para proporcionar aos convidados uma cerimônia organizada e segura. "Nós estamos preparando o Congresso para ficar bonito, para que possamos receber não só nossas autoridades, mas convidados especiais e também chefes de Estado [de outros países]."

Apesar da restrição de entrada apenas para convidados, a coordenadora ressalta que grande parte da solenidade é externa, com destaque para a transição de eventos no trajeto entre o Congresso e o Palácio do Planalto, onde a cerimônia terá continuidade.

"Na Esplanada, haverá os locais de acesso onde os cidadãos poderão ficar. Não só na frente do Congresso, onde haverá uma espécie de gradeamento, até por uma questão de organização do evento, mas também na Praça dos Três Poderes, porque, depois do Congresso, haverá a solenidade no Palácio do Planalto”, afirma.

Segundo a Polícia Militar, a estimativa de público que acompanhará a posse é de 30 mil a 50 mil pessoas.

Fonte: Agência Câmara