O Mês da Mulher é uma oportunidade para ampliar debates estruturais sobre os desafios enfrentados pelas meninas e mulheres no Brasil, especialmente em relação à equidade de gênero, empregabilidade, violência e maternidade. Com este foco, nesta quinta-feira (13), a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) participou de debate da Comissão Permanente de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, da População LGBTQIA+, Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). A ideia era debater um olhar interseccional para as políticas públicas e iniciativas privadas que impactam diretamente a vida das mulheres brasileiras.

“A nossa luta ao longo da história tem sido gigantesca pelo direito ao trabalho, à educação e à saúde em condições de igualdade. A conquista do voto feminino foi um marco para o avanço da nossa cidadania e direitos. No contexto atual, o nosso desafio é resistir à onda conservadora, que precariza nosso trabalho, nos sobrecarrega com os cuidados, tenta nos afastar dos espaços de poder e decisão, tenta naturalizar a violência contra as mulheres”, destacou a deputada.

Voz atuante na defesa da Enfermagem, Rejane lembrou que a categoria é formada, na sua maioria, por mulheres que enfrentam condições precárias de trabalho, sobrecarga e assédio no local de trabalho.

“Por isso tenho lutado pela jornada de 30 horas, contra plantões exaustivos, pois existe vida além dos plantões. E vigilância permanente contra o assédio no local de trabalho”, disse.

Uma nota pública da CNDH em referência ao dia 8 de março lista propostas que precisam avançar no Parlamento. Entre elas, a PEC 8/2025, que trata do fim da escala 6×1; o PL 2812/2022, que revoga a Lei de Alienação Parental.