Líderes no Congresso dizem que Lula retoma protagonismo brasileiro no mundo
“Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA).
Não se trata apenas de retórica, Lula tem atraído a atenção do mundo para questões fundamentais como a defesa da paz, combate à desigualdade e às mudanças climáticas.
Nos vários fóruns internacionais, o presidente tem se destacado pela análise conjuntural precisa. O ápice foi alcançado na ONU.
“O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos. Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas”, discursou.
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O presidente nem precisou citar Bolsonaro que transformou o país em pária internacional. Quando esteve no mesmo palco, o ex-presidente deu vexame mentindo sobre ações de combate à pandemia de Covid-19 e do meio ambiente.
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), o discurso foi histórico e de fato consolida a retomada do protagonismo brasileiro nos fóruns internacionais.
“Aplaudido diversas vezes, o presidente pautou sua fala na superação das muitas desigualdades do mundo atual: o combate à fome; a urgente mitigação da emergência climática; a garantia da igualdade de gênero e de raça; e a promoção da paz mundial”, avaliou a líder.
A deputada também destacou: “a reavaliação do papel de instituições, como o Conselho de Segurança da ONU, diante de conflitos entre nações; a liberdade de imprensa, expressa no apoio a Julian Assange; a crítica à subjugação da Palestina e ao embargo à Cuba”.
“Lula foi impecável em sua defesa do Sul Global e também na conclamação de seus pares: apenas com vontade política poderemos executar a árdua tarefa de construir um futuro melhor para todas e todos. Um discurso para novos tempos. Discurso de esperança!”, considerou a líder.
Direção certa
Na avaliação do vice-líder do governo no Congresso, Daniel Almeida (PCdoB-BA), também foi uma fala marcante. “O presidente Lula fez um discurso histórico na ONU, com tema central sobre o combate à desigualdade e erradicação mundial da fome. Estamos caminhando na direção certa”, disse.
“Lula discursou na Assembleia Geral da ONU sobre fome, desemprego e a piora das condições de trabalho no mundo. Combateu o discurso de ódio, o extremismo que mata e defendeu a democracia”, avaliou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o discurso de Lula “ainda ecoa como um brado contra as desigualdades sociais”. “O Brasil voltou não é só um slogan, é um compromisso de luta por direitos básicos historicamente negados aos pobres e oprimidos do mundo”, afirmou.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), tratou-se de um discurso histórico interrompido sete vezes por efusivos aplausos. “Lula aponta que a ascensão do fascismo no mundo todo encontra terreno fértil nos escombros do falido neoliberalismo. Fala de um verdadeiro estadista!”, afirmou.
O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT), diz que o presidente colocou o Brasil no centro do mundo e deu voz aos pobres, migrantes, refugiados, miseráveis, excluídos e todas as pessoas marginalizadas no planeta.
“O presidente Lula mostrou que o mundo não pode girar mais na lógica da concentração das riquezas, da pobreza, da exclusão das pessoas do estado de bem-estar social e da agressão e da predação da natureza”, afirmou.